Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Polí­tica

Cristiano rebate denúncias do prefeito


O ex-secretário de Planejamento do governo anterior, Cristiano Ribeiro da Silva, 42, falou a este jornal sobre as acusações proferidas pelo atual prefeito, Joaquim Rosa Pinheiro, na reunião realizada com os futuros moradores do Residencial Cajuru II, dia 17 último. Entre outras denúncias menores, como a de deletar programas dos computadores, Joaquim fez três acusações graves ocorridas na administração do ex-prefeito Nobuhiro Karashima. Sem mostrar nenhum tipo de prova, disse o prefeito que o governo Biro desapareceu com R$ 350 mil do Matadouro Municipal; do repasse para a construção de 50 casas na zona rural, só construiu 22 e desviou caminhão de cimento do pátio de obras do Cajuru I para casas de 'outra pessoa'.

Gerente da Caixa retorna informações

O gerente da Caixa Econômica Federal, Ludson José Machado, passou ao jornal, na quarta-feira 15, as informações pendentes a respeito das casas do Cajuru II. Disse o gerente que a área das casas foi reduzida em virtude de acordo entre a prefeitura e o Tribunal."A respeito da metragem, de medida, é que ficou acordado com a prefeitura e o Tribunal. A medida das casas realmente foi diminuída em virtude do tamanho do terreno, do tamanho das casa que tem que caber dentro de um terreno e aí a parte de engenharia já está trabalhando pra medir de acordo com que foi acordado entre os moradores dos imóveis e a prefeitura", disse e reafirma que redução da casa partiu de um acerto entre a prefeitura e o Ministério Público, devido aos problemas ambientais.

Secretário critica Jornal pela rádio

O secretário de Saúde do município, Reginaldo Afonso dos Santos, criticou este jornal no programa de Hélvio Santana, pela Rádio Sacramento, na última terça-feira, 14. "O Jornal, lamentavelmente, informou uma notícia errônea de que quando houve o acidente aqui no Perpétuo Socorro, a ambulância demorou quarenta minutos para chegar aqui. Isso é mentira. A ambulância foi cronometrada na Santa Casa, do minuto que eles ligaram na Santa Casa solicitando a ambulância, até a hora que o paciente chegou na Santa Casa, demorou oito minutos".

O tempo de oito minutos para o secretário "é plenamente aceitável, uma vez que não temos o serviço de resgate. O próprio jornal falou que não chegou lá nenhum enfermeiro junto com o motorista. Realmente não chegou e nunca vai chegar, porque nós não temos serviço de resgate em Sacramento", criticou mais, informando que o serviço de resgate é feito em cidades que têm mais de 100 mil habitantes e nós temos 22 mil.

Para Joaquim problemas do Cajuru I são culpa do governo Biro


De acordo com moradores do Cajuru I, há muitas casas fechadas no residencial, cujos donos residem noutros bairros, alguns até por considerarem demérito residir ali. Informam ainda, os moradores, que muitas casas estão sendo vendidas por preços irrisórios (mais de 15) e outras alugadas.

1- Que órgão da prefeitura está apto a atender as pessoas a respeito das referidas casas?
2- Há clausulas específicas no que tange a aluguéis e venda?
3- Há alguma medida a ser tomada por parte da prefeitura para os casos?

Prefeito Joaquim diz que Ministério Público foi quem obrigou a diminuir área das casas

Em entrevista a este jornal, formulada na última semana, mas só agora enviada à redação, o prefeito Joaquim Rosa Pinheiro informou que o motivo da redução das áreas do imóvel e do terreno no Residencial Cajuru foi uma imposição do Ministério Público.
Veja, nesta página, as respostas do prefeito.

1- Por qual motivo as áreas do terreno e das casas foram reduzidas?
R: A diminuição da área útil do terreno deveu-se à imposição do Ministério Público curador do meio-ambiente, em sede de ação civil pública movida ainda contra o governo passado (gestão 2001/2004), onde o projeto de construção das casas avançava até à margem esquerda do Córrego do Jacá, sem guardar a distância necessária. Quanto à área das casas, tem-se de levar em consideração que o contrato de financiamento das construções, celebrado com a Caixa Econômica Federal, previa a quantidade fixa e inalterável de 142 unidades habitacionais. Assim, em síntese a ambas as perguntas, as respostas racionais e lógicas justificam a necessidade de diminuição da área útil e, conseqüentemente, das unidades habitacionais. Registre-se, ainda, que este governo ao assumir a administração pública, encontrou um projeto de construções diferente daquele que havia sido aprovado pela Caixa Econômica Federal. Ademais, o loteamento não tinha existência jurídica, até porque não havia sido providenciada sequer a licença ambiental. Ademais, a administração passada, em ofício firmado pelo então Secretário Cristiano (Seplan), dirigiu-se à Caixa Econômica Federal indagando sobre a possibilidade de renúncia do contrato, ou seja, de não realizar a execução do loteamento e, conseqüentemente, de construção das casas. Assim, a presente a administração agiu não apenas para regularizar a situação jurídica do loteamento, como também para resgatar a continuidade do empreendimento. É o suficiente.

Prefeito diz que governo Biro havia desistido do Cajuru II

O prefeito Joaquim Rosa Pinheiro afirmou na reunião que o ex-prefeito Nobuhiro Karashima havia desistido de prosseguir com o projeto Cajuru II. Lendo alguns excertos de um ofício, afirmou que o ex-secretário de Planejamento, Cristiano Ribeiro da Silva, teria enviado à Caixa Econômica Federal, em Brasília, uma carta desistindo da construção das casas do Cajuru II. "O documento está aqui protocolado no dia 11 de setembro de 2004, assinado pelo Sr. Cristiano Ribeiro da Silva, Secretário de Planejamento do governo anterior. Ele pergunta se a prefeitura de Sacramento sofrerá alguma punição se optar por rescindir o contrato?", leu.

Joaquim denuncia roubos no governo de Dr. Biro


Os 142 futuros moradores das casas do Residencial Jardim Primavera (Cajuru II), que está sendo construído no bairro Perpétuo Socorro, reuniram-se no Centro Administrativo, dia 10 último, às 19h00, para ouvir do prefeito Joaquim Rosa Pinheiro, informações a respeito das casas, cuja construção foi retomada.

A reunião só foi marcada depois que um grupo de mutuários se reuniram com o vereador Luizão Bizinotto para reclamar do prefeito a redução das áreas do terreno e da casa e denunciar a este jornal o que estava acontecendo. No novo projeto idealizado pelo prefeito Joaquim, os terrenos foram reduzidos de 300 m2 para 80 m2; e a casa de 50 m2, conforme contrato assinado na Caixa Econômica Federal, para 38 m2.

Depois de afirmar que moradores foram ludibriados pelo governo Biro, prefeito Joaquim dá as casas de graça


O prefeito Joaquim Rosa Pinheiro afirmou na reunião que os futuros moradores do Residencial Jardim Primavera Cajuru II foram ludibriados pelo ex-prefeito Nobuhiro Karashima. Segundo Joaquim, , não existe contrato com área de 50 m2. Na verdade, existe sim, esta semana, o jornal pôde confirmar que esse valor consta do “resumo de digitação do contrato do empreendimento 1150-0”, que cada inscrito tem na agencia da Caixa Econômica de Sacramento.

"Ah, a casa é menor.... Nós assinamos um contrato de que a casa tem tantos metros. Quem tem esse contrato nas mãos, falando que a casa tem 50 metros? Aponte quem tem esse contrato?", desafiou o prefeito Joaquim. Como ninguém se manifestou, provalmente de medo pelo seu tom ameaçador, afirmou o prefeito que os moradores foram ludibriados. "Ninguém levantou a mão? É mentira, não tem, não, no contrato, não. Nós temos documento da CEF pedindo pra mudar aquele projeto inicial, que estava errado.

Prefeitura lança Plano Diretor

Cumprindo determinação do Ministério das Cidades, prevista na Constituição de 1988, o prefeito Joaquim Rosa Pinheiro, secretários de governo, vereadores e representantes dos diversos segmentos da sociedade reuniram-se no salão do Centro Administrativo, na quarta-feira, 8, para a audiência pública de lançamento do Plano Diretor Participativo - PDP do município.

Estiveram presentes também a esse primeiro encontro, a equipe de assessoria da UFU - Universidade de Uberlândia, Beatriz Ribeiro Soares, Vânia Pozzoli, Sérgio Deny, Marília Teixeira do Valle e advogado Edson Prieto,

Caixa não sabia da redução da área


O gerente da Caixa Econômica Federal, Ludson José Machado, confirmou em entrevista a este jornal o financiamento das casas do Residencial Cajuru II, no bairro Perpétuo Socorro. "Os contratos dos 142 futuros moradores, foram assinados em 15 de janeiro de 2004. As casas serão financiadas pelo sistema PSH - Programa de Subsídio Habitacional, sendo competência da Caixa o repasse dos recursos, ficando todo o processo de construção, medição de obras e tudo o mais sob a responsabilidade da prefeitura, que pode ou não repassar para uma construtora, como pode ser feita por mutirão ou administração direta", explicou.