Os 142 futuros moradores das casas do Residencial Jardim Primavera (Cajuru II), que está sendo construído no bairro Perpétuo Socorro, reuniram-se no Centro Administrativo, dia 10 último, às 19h00, para ouvir do prefeito Joaquim Rosa Pinheiro, informações a respeito das casas, cuja construção foi retomada.
A reunião só foi marcada depois que um grupo de mutuários se reuniram com o vereador Luizão Bizinotto para reclamar do prefeito a redução das áreas do terreno e da casa e denunciar a este jornal o que estava acontecendo. No novo projeto idealizado pelo prefeito Joaquim, os terrenos foram reduzidos de 300 m2 para 80 m2; e a casa de 50 m2, conforme contrato assinado na Caixa Econômica Federal, para 38 m2.
Depois de falar sobre o novo nome do residencial, escolhido pelos moradores, o prefeito deixou de lado a explicação de por que reduziu o tamanho das casas, para, em veemente protesto, atacar a imprensa, ou mais precisamente este jornal, e acusar sem provas a corrupção do governo do ex-prefeito, Nobuhiro Karashima, Dr. Biro.
Suas denúncias ao governo anterior começaram quando falou da dificuldade que teve no período de transição. "Nós não recebemos nenhuma informação do governo municipal daquela época sobre esses projetos", disse, citando as obras em andamento no final do governo do ex-prefeito Biro, como o Residencial Cajuru II, Centro de Cultura e Lazer (Sambódromo), o Matadouro Municipal, o Galpão Cultural da Escola Coronel, construção de casas da Fundação Funasa, na zona rural. "A única coisa que o Dr. Biro nos falou foi o seguinte: 'Assim que vocês assumirem, vocês vão a Brasília que vão ter todas as informações'. E deletaram todas as informações sobre os programas existentes do município, como se os programas fosssem daquela administração", criticou Joaquim.
A partir da,í o prefeito começou a acusar administração de Biro de ter desaparecido com R$ 350 mil destinados à construção do Matadouro Municipal. "Vieram para a construção do matadouro municipal R$ 350 mil. Buscamos informações em todos os setores do município e não encontramos. Tivemos que ir a Brasília, buscar a prestação de contas. Não tem prestação de contas, tem sim um processo aberto lá. O matadouro não foi construído estava inacabado, mas R$ 350 mil que tinham vindo para construir, deixar ele prontinho, tinham desaparecido", acusou.
Prosseguiu, afirmando que o governo Biro recebeu dinheiro da Funasa para construir 50 casas na zona rural, mas só construiu 22. "Nas comunidades rurais, 50 casas, que deveriam ser construídas, foram encontradas apenas 22. O Tribunal de Justiça e a Procuradoria Geral da União estiveram aqui na semana passada, procurando as outras casas, porque lá prestaram contas, mas aqui não encontraram as casas", denunciou mais Joaquim.
Referindo-se ao Centro de Cultura e Lazer, o Sambódromo, disse o prefeito: "Essas avenidas e essa construção do centro de lazer, recebemos essa semana, documentação da Polícia Federal, buscando informação da atual administração de onde se gastou R$ 1.600.000,00. Nós temos que informar. Se a obra gastou dinheiro do município, quantos caminhões de terra. São informações que tenho que prestar, que a polícia federal requer do gabinete", acusou mais.
Por fim, Joaquim acusou o governo Biro de desviar material de construção do Cajuru I: "Porque nós sabemos e temos provas, de que o caminhão de cimento chegava no Cajuru 1, encostava lá e ia pra casa de outra pessoa", afirmou.