Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Depois de afirmar que moradores foram ludibriados pelo governo Biro, prefeito Joaquim dá as casas de graça


O prefeito Joaquim Rosa Pinheiro afirmou na reunião que os futuros moradores do Residencial Jardim Primavera Cajuru II foram ludibriados pelo ex-prefeito Nobuhiro Karashima. Segundo Joaquim, , não existe contrato com área de 50 m2. Na verdade, existe sim, esta semana, o jornal pôde confirmar que esse valor consta do “resumo de digitação do contrato do empreendimento 1150-0”, que cada inscrito tem na agencia da Caixa Econômica de Sacramento.

"Ah, a casa é menor.... Nós assinamos um contrato de que a casa tem tantos metros. Quem tem esse contrato nas mãos, falando que a casa tem 50 metros? Aponte quem tem esse contrato?", desafiou o prefeito Joaquim. Como ninguém se manifestou, provalmente de medo pelo seu tom ameaçador, afirmou o prefeito que os moradores foram ludibriados. "Ninguém levantou a mão? É mentira, não tem, não, no contrato, não. Nós temos documento da CEF pedindo pra mudar aquele projeto inicial, que estava errado.

Mas isso nem a imprensa, nenhum vereador foi pra casa de vocês bater e falar que o projeto do governo anterior estava errado. Ninguém foi lá, nenhum vereador, nem fotógrafo, jornalista, radialista, mas temos aqui, ó. (...) Isso significa que saiu de Brasília um projeto e vocês foram ludibriados por um outro tamanho de casa", acusou.

O jornal voltou também ao canteiro de obras e confirmou: A casa modelo construída ainda no governo Biro tem radiê de 12 cm de espessura, terreno de 12 x 15 m (180 m2) e a casa 48,26 m2 (7,60 x 6,35 m). A nova casa, reduzida pelo prefeito Joaquim, mede 38,73 m2 (6,10 x 6,35), em um terreno de 8,40 x 15 m (126 m2), construída em cima de um radiê de 07 cm de altura. São menores ainda do que as do Cajuru I, que medem 43 m2, em um terreno de 200 m2 (10 x 20 m).

Mas a reunião serviu muito mais para o prefeito Joaquim acusar, sem apontar nenhuma prova, o governo do ex-prefeito Biro de corrupto, de desaparecer com dinheiro do Matadouro e até de desviar cimento do canteiro de obras do Cajuru I para casa de “outra pessoa”.

Por fim, disse que daria as casas de graça. Até então, o prefeito nunca disse que as casas seriam doadas aos moradores. Valeu ,então, o protesto dos moradores e a denúncia à imprensa. Agora, depois de tudo, receberam a casa de graça. E a cavalo dado, não se olha os dentes. “O povo unido jamais será vencido”, falou um morador baixinho, com um sorriso nos olhos.

Joaquim criticou também o regime de mutirão, onde o dono do imóvel ajuda a construi-lo. "É um direito que vocês têm de ver a construção da casa de vocês. Mas vocês não vão ajudar a construir, não, porque a prefeitura vai fazer de graça pra vocês, vai entregar de graça e ninguém vai pagar um centavo". E noutro trecho da fala gravada, que se encontra em nossos arquivos: "Vocês estão ganhando uma casa, será que é justo exigir que a administração pública, que vem lutando aí, que faça uma cozinha do lado de lá?", referindo-se às criticas dos moradores pelo fato da cozinha estar na parte da frente da casa .