Nasci em Sacramento, embora distante há anos, amo minha terra mais que qualquer outra, aqui sempre retorno alimentando minhas raízes com a água fresca do Borá, sem a qual minha alma perderia o vigor.
É nesta terra alegre que no futuro, junto aos meus queridos, pretendo descansar. Quando aproveitando férias e feriados chego por aqui, entrando na cidade, seja de que lado for, sinto uma alegria imensa. Identifico os casarões, muitos com colegas meus nas janelas, outros como um terno retrato de pessoas queridas que já se foram. Relembro momentos felizes de minha infância e adolescência, dos passeios nas cachoeiras; do "footing" no jardim; dos bailes no Sacramento clube; dos banhos de piscina na Praça de Esportes; dos jogos de vôlei ao lado do campo de futebol comandados pelo tio Deda; as brincadeiras de "pique" e "esconde esconde", no Afonso Pena; a sabedoria da Diretora desse Grupo, D. Corália, que lá na Escola Normal, com sua didática inesquecível plantava em nosso espírito a melhor semente de cidadania e já denunciava nossa Constituição como uma "colcha de retalhos"; no Ginásio, a pequena grande mulher, D. Corina, professora muito calma, que transpirando humanidade por todos os poros ia ensinando que, "quando vou e venho da, neste caso crase há, mas quando vou e venho de, neste caso crase prá quê?".