Edição n° 1322 - 10 Agosto 2012
O exemplo é meu, mas a aula é ela.
Entre quarenta moleques endiabrados,
na lousa negra do Colégio Estadual,
da carteira do lado, eu lia a letra miúda
e ouvia a voz serena de minha professora.
Era aula de Língua Portuguesa.
A sua pequena estatura não demonstrava autoridade
nem sua voz tinha tamanha eloquência,
marcas propícias à indisciplina da molecada,
já acostumada com a repreensão sem castigo.
Mas tudo foi tão bem!
E foi aí, com quatro anos de estudos,