Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Tremor de terra em Delfinópolis assusta moradores da região

Edição nº 1676 - 24 de Maio de 2019

Moradores de Delfinópolis (MG) e das cidades vizinhas levaram um susto com um abalo sísmico ou tremor de terra, de magnitude 3.9 na Escala Richter, com epicentro no município de Delfinópolis, às 16h46, que foi sentido nos municípios de Claraval, Passos,  Cássia, São Roque de Minas, Itaú de Minas, Alpinópolis, Jacuí, no Sul de Minas, Sacramento, Uberlândia, Tapira,  Araxá,  Rifaina, Alto Porã, Franca,  Cristais Paulista, Pedregulho, Vargem Grande, São Joaquim da Barra, Itirapu, dentre outras.

Mas a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) explicou que o abalo sísmico foi sentido em cidades que distam mais de 700 quilômetros do epicentro, por exemplo em Pintópolis, e Vespasiano (MG), ambas em Minas Gerais.

 De acordo com o professor do Observatório Sismológico (Obsis) da Universidade de Brasília (UnB), George Sandi França, o tremor foi sentido às 16h46 e ocorreu na Serra da Canastra, em Delfinópolis. O especialista disse que os tremores de magnitude 3.9 na Escala Richter são considerados pequenos, mas que abrangem um raio maior. “São ondas que ocorrem no interior da terra e são sentidas através de vibrações”.

 O abalo foi registrado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e pelo Observatório Sismológico (Obsis) da Universidade de Brasília (UnB), mas também por outras 37 estações sismológicas. As causas não estão esclarecidas. Segundo o  George Sandi, não houve danos na cidade de Delfinópolis, mas  é necessário um estudo mais detalhado para saber a causa do tremor. A região tem histórico de quatro tremores ocorridos em 2006, 2014, 2017 e 2018.

A prefeita de Delfinópolis Suely Alves Ferreira Lemos confirmou que o impacto na cidade foi muito forte, no entanto as balsas estão funcionando normalmente. 

O Centro Sismológico da USP está coletando relatos de pessoas que sentiram o tremor.

 

IAG explica que tremores pequenos são comuns no Brasil

De acordo com o IAG, (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas),  um dos principais polos de pesquisa do Brasil nas áreas de Ciências Exatas e da Terra, com mais de 120 anos de atividades,  tremores pequenos são comuns no Brasil e são causados por forças ou pressões geológicas presentes na crosta terrestre que, ocasionalmente, podem provocar um leve deslocamento em alguma falha ou fratura geológica no meio da crosta a poucos quilômetros de profundidade.

Os terremotos ou abalos sísmicos são avaliados ou medidos pela quantidade de energia liberada, ou seja, medida pela escala Richter que varia de 0 a 9 graus e também pelo nível de destruição apresentado.

 As vibrações sentidas pelas pessoas e registradas pelas estações sismográficas são causadas por este deslocamento repentino na fratura.

O Instituto informou ainda que a região do triângulo mineiro e o Nordeste do Estado de São Paulo têm histórico de atividade sísmica. Em 1990, o município de Sacramento registrou um tremor de magnitude 4,2 na escala Richter.

Existem dois tipos de sismos: os de origem natural e os induzidos. A maioria dos abalos sísmicos é de origem natural da Terra, são chamados de sismos tectônicos.

A magnitude mede a potência de um terremoto pela energia que ele libera em seu epicentro e é determinada pelas leituras dos sismógrafos. O epicentro é o local na superfície da Terra verticalmente sobre o foco; o hipocentro, o ponto dentro da Terra onde é gerado o terremoto.