Dona Ariovalda completa 107 anos

Dona Ariovalda Duarte de Araújo, mãe de 9 filhos, 18 netos, 26 bisnetos e 2 tataranetos, completa  107 anos neste sábado, 21.  Uma datamuito importante que reúne, por tradição, toda sua descendência além dos amigos à sua volta, querendo que seu coração continue pulsando forte, que seus olhos brilhem intensamente e os lábios  continuem sorrindo para a ida. 21 de junho,data fixa no calendário da família, não importa o dia da semana, é compromisso de todos para celebrar a vida. 

Aliás, são duas as datas fixas, também o dia 26 de abril, aniversário da irmã Maria Auxiliadora, Dorinha, 68, a única que vive com a mãe, recebendo o zelo de cinco cuidadoras Célia, Maria Catarina, Dulcineia, Cícera eRosa. “Não tem convite, não tem telefone, todos já sabem que essas duas datas ninguém pode esquecer, é compromisso de todos, nos reunirmosno dia 21 de junho e 26 de abril, às 19h, seja o dia que for da semana”. E, de fato, na hora da visita do ET, chegavam do Paraná, o filho Vicente com o neto Paulo e esposa. 

Viúva de Osvaldo Vieira de Araujo, Dona Ariovalda criou nove filhos: Maria Terezinha (Vanderley/falecido), Leopoldo (falecido), João Marcelo (Maria Angélica), Vicente de Paula (Maria Graciete), Josefina (Baltazar/falecido), Manuel (Zulmira), Ary/falecido (Vitória), MariaAuxiliadora  e João Bosco (Maria Aparecida), que já lhe deram 55 descendentes.

De acordo a primogênita, Maria Terezinha de AraujoScalon, 86, comemorar a data é uma bênção para a família. “É uma alegria imensa para nós e cada ano é único para darmos graças a Deus pela vida. Mamãe,fora os  problemas inerentes à idade, é muito sadia, não sente dor, alimenta-se bem. É uma bênção de Deus”. 

Dona Ariovalda é história de vida para uma geração inteira de ex-alunos do Grupão (Escola Afonso Pena) na década de 60. Residindo bem em frente ao Grupão, ficou famosa com as guloseimas que fazia e vendia, chamadas 'chupetas'bem açucaradas.  A movimentação na sua porta era grande após as aulas, conforme lembra a filha Terezinha que lecionava na escola já naquela época. “Lembro-me como se fosse hoje, a animação das crianças na porta”. 

Pelos seus 107 anos, Dona Ariovaldo recebeu o reconhecimento da cidade, através de uma mensagem poética oferecida pelo prefeito Bruno Scalon Cordeiro.