Nos últimos dias, circula insistentemente pela cidade um panfleto apócrifo, trazendo foto de Francesca Guarato Neves – Keka -, comentários sobre sua morte e parte de informações contidas nos autos do Inquérito Policial que apura o caso.
Com a mesma intensidade que corre o panfleto, correm comentários de que seria ele da autoria deste advogado subscritor e/ou da família de Keka.
Cumpre esclarecer: em todos os ensejos nos quais a família manifestou-se sobre o caso através de escritos, foram estes devidamente assinados.
Da mesma forma, em todas as oportunidades em que este advogado abordou a questão, o fez de forma clara e pública.
Coincidentemente, como de outras oportunidade, panfletos dessa natureza circulam em períodos eleitorais, o que, em razão da minha militância política, resta por turbinar a tese dos futriqueiros, dando conta de que seriam de minha autoria.
Não há pessoa nesta cidade capaz de apontar uma única ocasião em que fiz uso da minha condição de advogado da família de Keka para explorar politicamente aquela tragédia, em que pese muita vez instado a tanto, por gente de índole duvidosa.
Sempre pautei minha atuação no caso pelos estritos limites da ética profissional, sem jamais entremear a condição de advogado com a de militante político, o que seria uma postura indecente, absolutamente incompatível com meu caráter.
Não ajo nas sombras. Não sou dado à covardia. Não manejo a execrável figura do anonimato, instrumento próprio dos medíocres, vedado inclusive pela Constituição da República.
Seja como político, nos palanques e nas tribunas da Câmara Municipal, seja como advogado, nos auditórios desta e de comarcas outras, minha postura foi e continuará sendo sempre incisiva e destemida, pois a pusilanimidade é afeta aos ordinários, e eu nunca me perfilei com estes.
Tanto a família de Keka quanto este advogado estão na busca incessante e incansável de objetivos claros: o encontro da verdade e a busca da justiça.
Aos autores deste e de outras diatribes em forma de panfletos, fica o recado: parem de infligir ainda mais sofrimento a essa família. Ela já tem os corações marcados pela chaga de uma imorredoura dor.
Se por ventura acham que estão agradando a alguém, saibam que nós, advogado e família, em rigorosamente nada precisamos da colaboração de presepeiros furibundos - para nós, são apenas desprezíveis abutres que refestelam-se na dor e na tragédia de outrem, merecedores portanto da mais intensa repulsa.
Portanto, Srs autores e demais disseminadores de fuxicos sobre o caso: deixem em paz essa família e a alma da saudosa jovem. Na falta do que fazer, que se ocupem cuidando do peso de suas próprias consciências imundas.
José Maria Sobrinho advogado