Só três escolas desfilam; Operários fica de fora

O carnavalesco Wal Borges, da 13 de Maio, que só vai anunciar o enredo quando entregar o roteiro à comissão organizadora do desfile, foi categórico: "Chega de bi, este ano seremos campeões". Com a mesma garra e organização de sempre, o presidente da Unidos do Areão, Antônio João Caetano, prometeu o tetra; e César Oliveira, disse que "este é o ano da Beija Flor". Já a Operários fica de fora este ano. Problemas internos. Bom para as outras três escolas que iriam receber a mesma verba de 2005, mas com a desistência da escola do Mestre Azor, os R$ 10 mil votados no orçamento da prefeitura passaram para R$ 13,3 mil. "Muito pouco", reclamam todos os presidentes. "A verba é pouca. O nosso carnaval é famoso, entendo que precisaríamos de mais verba, mais incentivo, durante o ano", sugeriu a campeoníssima, Meire Idualte, da Beija-Flor.

Com este clima de disputa, as três escolas estão no ritmo total para os últimos preparativos para o desfile no domingo, 26, a partir das 21h00. O coordenador, Antônio Claret Scalon, o Polaco, justificou o atraso: "Como a Operários não desfila, podemos começar uma hora mais tarde". E todas as escolas prometem: a beleza na passarela será grande, além dos tradicionais ritmo, ginga e samba no pé, que empolgam e contagiam o público.

Por parte da prefeitura, os preparativos também se anteciparam. Num exagero que incomodou os comerciantes, fechou o trânsito de duas vias do centro há quase duas semanas da festa. Nessa sexta-feira, 17, mais uma rua foi impedida por uma estrutura. "Podiam montar as estruturas nos pontos onde não atrapalha o trânsito, nem nosso movimento, mas deixando para fechar as ruas nos últimos três dias. Montam isso muito rápido", aconselhou um dos comerciantes do centro, pedindo para não se identificar.

Com mais festas nas cidades vizinhas, as escolas de samba esperam um público menor este ano. “Fica um carnaval mais gostoso, mais familiar e menos violento”, comentaram, otimistas com o bom resultado do desfile deste ano.