Secretária da Saúde nega exame a Marcílio Brito

O tapeceiro, Marcílio Correia de Brito (foto), 56, denunciou a este jornal, na última quinta-feira, 25, um ato de discriminação na liberação de exame médico, por parte da secretaria de Saúde. “O médico Pedro Teodoro Rodrigues Rezende, com quem consultei dia 18, me solicitou alguns exames e, dentre eles, um ecocardiograma, porém, na secretaria de Saúde me informaram que para esse ano não havia mais autorizações. Como era caso de urgência e eu precisava fazer o exame, a funcionária se prontificou ligar para a clínica. Segundo ela, com recomendação da secretaria, fazem mais barato, de R$ 170,00 por R$ 100,00. Arrumei um dinheirinho e fui fazer o exame, na quinta-feira, 25”, contou.

E foi na fila de espera do exame que Brito se sentiu injustiçado e discriminado. “Eu estava aguardando para fazer o exame, quando chegou o cunhado do prefeito, para fazer o mesmo exame, só que autorizado pela Secretaria. O exame foi marcado para terça-feira, às 13h00, só que ele foi ao médico no dia 24. Como é possível isso? Pra mim, que fui no dia 18, não havia mais vagas pra esse ano e pra ele teve no dia seguinte?”, questiona, informando que os outros dois exames foram conseguidos através da secretaria.

“Eu já fiz o exame, paguei por ele porque era urgente, mas quero saber, por que tem exame pra alguns e não tem pra outros. E se eu não tivesse o dinheiro pra pagar, ia ficar sem o exame?”, questiona mais uma vez, informando que no dia seguinte, sexta-feira, 27 iria para Uberaba para submeter-se a um cateterismo, dessa vez conseguido através da secretaria de Saúde de Uberaba.

O outro lado

Em resposta a e-mail deste jornal, o secretário Reginaldo Afonso dos Santos disse que não houve discriminação. “A liberação de exames de média e alta complexidade pela superintendência de Saúde de Sacramento atende somente a solicitação de urgência médica. Esses exames e consultas são pactuados com a secretaria de Saúde de Uberaba, através de PPI e não são de responsabilidade do município”, disse mostrando dados de seu trabalho à frente da secretaria.

(...) “Durante o mês de outubro foram liberados 13 exames de ecocardiograma, atendendo todos eles o critério da urgência médica. A liberação do exame citado pelo denunciante atendeu a solicitação do médico, Aluísio Augusto Marques, conforme relatório em poder da superintendência”, disse mais o secretário, sem no entanto justificar porque negou o exame a Marcílio Brito, que também tinha recomendação de urgência dada pelo médico Pedro Teodoro.