Edição nº 1652 - 07 de Dezembro de 2018
Oitenta e dois sacramentanos, dos 120 selecionados, se submeteram à cirurgia de catarata, em Uberaba, nos dias 30/11 e 1º/12. O prefeito Wesley De Santi de Melo falou de sua alegria ao ver os resultados das intervenções cirúrgicas realizadas no Hospital São Paulo com a equipe do médico Ramiro Paulo de Oliveira Neto, que esteve em Sacramento, no último final de semana para uma revisão das cirurgias.
“Nosso objetivo ao priorizar a Saúde, agora com um novo projeto, o Fila Zero - avaliou o prefeito, informando que os recursos para cobrir essa demanda vieram através de emendas parlamentares de custeio, viabilizadas pelos deputados amigos de Sacramento.
“- Esses recursos, conforme a lei, podem ser utilizadas para qualquer necessidade e nossa prioridade hoje é a Saúde. Nosso projeto final é operar 200 pacientes com problemas relacionados à catarata. E até o momento está sendo um sucesso, posso dizer que estamos fechando o ano com chave de ouro, pois 120 sacramentanos passam a enxergar melhor. Fico feliz com isso, ao devolver a qualidade de vida a tantas pessoas e aumentar sua autoestima. Que tenham todos um Natal muito mais abençoado e com muito mais visibilidade, cheio de cores”.
Já o secretário Reginaldo Afonso dos Santos, comungando com o pensamento do prefeito, enalteceu o Fila Zero, que vem sendo utilizado nas várias especialidades: tomografia, ressonância, tomografia, ortopedia, dentre outras.
“Para nós, é uma alegria muito grande poder realizar esse projeto, quando o país inteiro está penando com a Saúde. E Sacramento fez uma coisa inédita, que dificilmente um município consegue”, avalia, detalhando os números. “Além das 120 pessoas que realizaram a cirurgia no último final de semana, nessa terça-feira 4, levamos mais um grupo e na sexta 7 levaremos mais, completando na próxima semana os primeiros 200 contratados, de uma lista que soma 320 cirurgias”, resume, ressaltando que cerca de 40 pacientes necessitaram de outros exames, inclusive cardiológico, também bancados pela Secretaria.
“Este é um bem que não tem medida...
O médico oftalmologista, Ramiro Neto, cirurgião responsável pelas cirurgias, elogia a iniciativa da Prefeitura ao criar o projeto Fila Zero e propiciar tratamento àqueles que necessitam, no caso de sua especialidade, as cirurgias de catarata.
“Temos que parabenizar a Prefeitura, através da Secretaria de Saúde, porque há uma lacuna no próprio governo federal na realização de campanhas de alto custo, então Sacramento está de parabéns, pela organização e pela triagem que não é uma coisa fácil, mas o pessoal aderiu e compareceu. A realização desse procedimento melhora muito a qualidade de vida, porque uma pessoa sem enxergar, ainda mais sendo idosa, a sua qualidade de vida fica muito restrita e acaba afetando todo meio familiar e todos que o rodeiam. Voltando a enxergar a pessoa ficará mais independente, terá mais alegria. Este é um bem que não tem medida, e é disso que o Brasil precisa”, avaliou o cirurgião, em entrevista ao ET.
Ao detalhar a cirurgia, explica Ramiro que a intervenção feita no cristalino (lente natural dos olhos) através de um procedimento a laser. “A cirurgia de catarata, a partir do ano 2000, passou a exigir a facoemulsificação, que nada mais é que o laser. Trata-se de uma cirurgia de altíssima dificuldade, de uma curva de aprendizado grande, mas como tenho uma experiência de 20 anos, já tenho muita prática”, garantiu, ressaltando os resultados.
“- O benefício dessa cirurgia, no caso do idoso que tem alguns problemas como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, é que ele pode ser operado, mesmo que esteja com a saúde precária, porque é um cirurgia, cuja anestesia é local, não tem ponto, nem curativo, porque a lente é dobrável, que corrige o grau, fazendo com que a pessoa não use mais os óculos, pelo menos para longe. A resolutividade dessa técnica é tão expressiva que ela representa um dos melhores avanços médicos do século 21. Uma coisa milagrosa e muito compensatória para quem recebe e para quem faz”.
O pós-operatório, de acordo com o cirurgião, é fundamental. “Os primeiros cinco dias são fundamentais, especialmente em relação ao aparecimento de alguma infecção. Então, estamos hoje em Sacramento fazendo esse primeiro pós operatório para perceber se há algum processo inflamatório, alguma lente deslocada... Ainda, depois que tudo estiver bem, fazemos um teste refrativo para correção do grau”, explicou, ressaltando que os equipamentos do Hospital São Paulo são ultramodernos, todos calibrados para uma campanha dessa magnitude. “Mas tudo isso vamos verificar depois de 30 dias, quando já passaram os efeitos dos colírios e antibióticos e as pessoas já tenham se adaptado com a nova visão”.