Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mortes por picada de escorpião crescem 152% em sete anos

Edição nº 1655 - 28 de Dezembro de 2018

Em sete anos foi registrado um aumento de 138% no número de casos de picadas por escorpião amarelo (um aracnídeo de apenas sete centímetros) em todo o Brasil. Conforme os números, o registro passou de 52.509 em 2010 para 124.903 em 2017. Outra preocupação é com relação a quantidade de mortes, com aumento de 152%, passando de 74 em 2010 para 184 no ano passado. 

Minas Gerais é o segundo estado com mais casos, ficando atrás apenas de São Paulo. No entanto, o número de picadas de escorpião caiu em 2017 com relação a 2018. Foram registradas 28.649 em 2017 contra 21.766 casos deste ano. Contudo, as mortes aumentaram de 28 para 29.

De acordo com o médico Adebal Andrade Filho, coordenador da Unidade de Toxicologia do Hospital João XXIII, referência no tratamento de picadas de animais peçonhentos em Minas, os casos são classificados em leves, moderados e graves. O especialista pondera que, mesmo que as duas últimas classificações correspondam a apenas 4% do total, todo cuidado é necessário, especialmente contra o escorpião amarelo, os mais perigoso deles.

 

“A transição entre esses estados vai depender do organismo da vítima e do tempo para ela ser atendida. O ideal é que a vítima seja atendida até duas horas após o ataque”, afirma o especialista, acrescentando que as maiores vítimas são crianças e idosos.

Abastecimento do soro

Três instituições produzem o soro antiescorpiônico no país, em Minas Gerais é a Fundação Ezequiel Dias (Funed); no Rio de Janeiro pela Vital Brasil; e em São Paulo pelo Instituto Butantã. O Ministério da Saúde fica por conta da distribuição do soro.

Uma preocupação é que, nos últimos anos, o abastecimento nas unidades de saúde do Brasil está sofrendo redução. Desde 2017, a Fundeb, responsável por até 40% do abastecimento nacional, está com a produção interrompida.

Mesmo confirmando que os estoques estão menores, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais afirma que isso não impediu nenhum tratamento até o momento.

*Com informações do Jornal O Tempo