O controle do caramujo-africano consiste na catação e destruição dos caramujos. Jamais coloque-os no lixo, pois estará disseminando o problema. Também não coloque sal nos animais, pois assim contaminará o solo. O correto é o controle químico com lesmicida, que tem se mostrado eficiente. O uso de sal e cal requer uma reposição constante, principalmente, quando ocorre a chuva coisa que não acontece com o lesmicida que não se dissolve na água e que continua atrativo.
Lesmicidas são encontrados em lojas de produtos agropecuários. Para conseguir bons resultados no controle, é necessário buscar orientações da forma adequada no Departamento de Zoonoses, que além de trabalhar a prevenção, a dengue e as demais endemias também trabalha na orientação correta do caramujo africano.
No período chuvoso, além da infestação do mosquito da dengue, a cidade passou a conviver com uma outra praga, a proliferação do caramujo africano, que faz um bom estrago nas hortaliças e jardins. O caramujo africano (Achatina fulica) é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste da África, que foi mundialmente disseminado pela ação humana, ligada à gastronomia. O que ninguém sabia é que essa espécie é considerada uma das cem piores espécies invasoras do mundo causando sérios danos ambientais.
No Brasil, a espécie foi introduzida a partir 1988, como uma forma barata de substituir o escargot, porém, nos últimos anos, a espécie virou praga. Os indivíduos adultos de caramujo africano podem pesar mais de 200g e chegar a 15 cm de comprimento de concha. Ativo no inverno, resistente ao frio e à seca, geralmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite ou, durante, e logo após as chuvas.
Problema de saúde pública
A invasão do caramujo africano no Brasil se constitui não só num problema principalmente em áreas urbanas, mas também cresce em áreas naturais importantes. Devido a ampla distribuição do molusco no Brasil, torna-se impossível erradicá-lo. Porém, o controle local continua possível, embora requeira grandes custos financeiros e mão-de-obra.
O caramujo africano, além de praga agrícola, é o responsável pela transmissão de parasitos pertencentes ao grupo dos nematoides do gênero Angiostrongylus, que causam doenças de difícil diagnóstico em humanos. A pessoa é infectada pelo parasito, acidentalmente, quando ingere alimentos ou água contaminados com larvas de terceiro estádio, presentes no muco secretado pelo caramujo, seus hospedeiros intermediários.
Diversas estratégias físicas, químicas e biológicas têm sido utilizadas no controle do caramujo. O controle ativo é considerado o método mais eficiente de manejo para o molusco e requer, primeiramente, a coleta e a destruição dos caramujos e seus ovos das áreas infestadas. A coleta deve ser repetida com frequência, ao longo do ano, sem interrupção, e isso se deve a grande fecundidade da espécie, e deve incluir áreas urbanas, áreas agrícolas como hortas e roças, áreas agrícolas abandonadas, bordas de florestas e de brejos.