Há pouco mais de seis meses, a jovem nutricionista da Prefeitura, Dayane Costa, vem desenvolvendo na cidade o projeto, 'No Limite', que visa levar os participantes à boa forma. De acordo com a profissional, o projeto nasceu da necessidade de atender a demanda de sobrepeso das pessoas. “Como a demanda nos postos era muito grande para uma só nutricionista no serviço público, tornando inviável o atendimento de todos, nasceu a ideia do projeto de atendimento coletivo, 'No Limite', que nasceu no PSF do Cajuru há seis meses”, recorda a profissional.
Iniciado no Posto Milton Skaff, do Perpétuo Socorro, há três meses, o projeto vem ganhando uma frequência também excelente. O ET pôde verificar essa semana, em uma das reuniões com os 'pesos pesados' do bairro, que a sala ficou pequena para receber o público que quer melhorar a sua forma corporal. “As pessoas gostam muito, participam e vibram a cada perda de peso”, revela a nutricionista.
Sobre o funcionamento do projeto, Dayane ressalva que os casos de obesidade mais graves são atendidos em consultório. “Os casos que exigem maior cuidado recebem atendimento no consultório, mas aqui no coletivo, reunimos as pessoas em uma sala, para desenvolver o programa, que se resume em reuniões quinzenais de orientação e pesagem”, explica, ressaltando que as reuniões são às terças-feiras, das 19 às 21h.
Satisfeita com os resultados, Dayene vibra com os pacientes que perdem peso. “Cada perda é uma vitória para os participantes e para nós que fazemos o acompanhamento. Temos participantes que em seis meses chegaram a perder cerca de 20 quilos com a reeducação alimentar, associada a exercícios físicos como caminhada, atividades nas academias públicas, enfim, todos são orientados a praticar exercícios. E o interessante é que eles mesmos veem os benefícios”, afirma.
Dayane reconhece que o ideal seria que o projeto recebesse o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com professor de Educação Física, Psicólogo, Técnico em Nutrição, mas como não tem, as orientações são passadas ao grupo por ela e mais o apoio de alguns agentes de saúde e o pessoal dos PSFs.
Até o ano passado a rede pública de saúde contava com duas nutricionistas e três técnicos em nutrição. Hoje há uma nutricionista e um técnico que trabalha na área de aleitamento e no operacional.
Pequenas mudanças fazem a diferença
Uma questão que às vezes inviabiliza um paciente de cumprir o projeto é seguir uma reeducação alimentar que encarece o bolso. “Nosso programa não tem nada de mirabolante, a dieta alimentar leva em conta o poder aquisitivo de todos os participantes. Trabalhamos o custo benefício. Mostramos que todos podem ter uma alimentação saudável, de qualidade, com mudanças dentro de casa, no preparo das refeições”, diz.
Dayene cita, por exemplo, algumas alternativas dentro de casa: investir em saladas, redução de óleo, evitar frituras, diminuir o consumo de doces e de carboidratos, afinal ninguém deve comer macarrão e arroz na mesma refeição. São atitudes simples que fazem a diferença. A dieta estabelecida está dentro do trivial e que qualquer pessoa pode fazer”, afirma.
De acordo com Dayane, devido à procura, outra turma deve ser criada. “Temos a participação de mais de 100 pessoas no programa e a cobrança é grande, mas o programa vai passo a passo. Quando vimos os resultados do programa piloto no Cajuru, abrimos nova turma aqui no Perpétuo Socorro, já estamos indo para o terceiro mês com uma frequência muito boa.
Finalizando, afirma a profissional que devido a procura, vai abrir uma outra turma em outro PSF da cidade. ‘‘Nossa intenção é atender todos’’, finaliza.