Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

PMS realiza VII Conferência Municipal de Saúde

Edição n° 1223 - 17 Setembro 2010

Abordando o tema, '22 anos de SUS e o fortalecimento do controle social', Sacramento realizou, no último final da semana, dias 11 e 12, nas dependências da EE Cel. José Afonso, a VII Conferência Municipal de Saúde. 

Abrindo a conferência, o prefeito Wesley De Santi de Melo manifestou o seu otimismo de se conseguir bons resultados com a conferência e enalteceu todas as propostas apresentadas. Também discursaram o vice-prefeito, o médico Pedro Teodoro Rodrigues de Rezende e Ivana Leite da Cunha,  orientando sobre a real função do Conselho Municipal de Saúde. “Os recursos providos pelo SUS, se bem administrados deixarão  imagens positivas na saúde pública de Sacramento, especialmente quando se investe mais de 20% da arrecadação do município em Saúde”, afirmou Ivana, chamando a atenção para as questões ambientais, principalmente na zona rural.   O  diretor regional, Carlos Farah, apresentou uma linha do tempo da inauguração do Sistema enfocando a precariedade da época à atualidade.

Estavam também presentes as seguintes autoridades, o secretário de Saúde do município, Edward Meireles, juíza Letícia Castelo Branco, promotor José do Egyto de Castro Souza,  delegado Cezar Felipe Colombari, servidores da saúde e delegados eleitos nas pré-conferências.

 

O mais importante é o fortalecimento do controle social

 

Falando ao ET, o  secretário Edward Meirelles destacou a importância das conferências. “São 22 anos de SUS e muitas conquistas, podem ser citadas nesse período, como por exemplo, os PSFs, os CAPs, o Centro de Referência e Especialidades, que é o CRES, e o novo direcionamento que tomou a saúde no município.

O que Ed não vê com bons olhos é a linha de municipalização que vem também tomando o SUS, pela omissão dos recursos provenientes do Estado. “A municipalização tem sua nuance positiva, quando permite ao município resolver seus problemas locais, que são sempre específicos e diferentes, por exemplo, dos problemas de saúde de Belo Horizonte, bem como de outras cidades; por outro lado, ao não aplicar os recursos exigidos pela Constituição, o Estado sacrifica os municípios”, . 

Edward Meirelles destaca ainda que o mais importante da Conferência é trabalhar para o fortalecimento do controle social. “Todos nós sentimos a população à parte nas reivindicações  e no sentido de exercer os seus  deveres para ter os seus  direitos. Precisamos fortalecer a participação da  população. Não é só criticar que esse ou aquele setor tem problemas, mas nos ajudar. Temos problemas? Temos, mas a secretaria é de todos, ela não  é minha. Ela é da cidade”, explica.

Avaliando a VII Conferência, o secretário elogiou a participação da comunidade, tanto urbana como rural. “A população está bem participativa, acho até que é um resultado do empenho da secretaria nas pré-conferências. Foram realizadas 15, sete na cidade, sete na zona rural e uma com os prestadores de serviços, além de uma ampla divulgação, porque precisamos da participação popular. Como técnico e profissional da área da saúde, tecnicamente estamos no limite do que poderíamos avançar. Para avançar mais precisamos da participação da população  e espero que todo o desempenho que houve agora permaneça no Conselho Municipal de Saúde”, diz.  

De acordo com Ed, todas as propostas aprovadas pelos grupos vão compor um documento anexo ao Plano Municipal de Saúde, que tem validade até 2013. “Todas as propostas apresentadas são importantes, agora a população,  através dos delegados, vai nos ajudar a criar prioridades, dentro das condições  orçamentárias da prefeitura, para executarmos nos próximos dois anos aquilo que falta para essa administração, e deixar um relatório bem elaborado para o  próximo gestor, que estiver na Saúde  em 2013”, explica.