Espíritas celebram o 60º Encontro de Evangelização de Espíritos

O Grupo Espírita, Esperança e Caridade realizou no último final de semana (19 a 21) o 60º Encontro de Evangelização de Espíritos, abordando o tema, 'Assistência Fraterna, uma terapêutica de amor'. A presidenta do Grupo, professora e escritora Alzira Bessa França Amui, em entrevista ao ET, manifestou sua alegria por estar também comemorando 30 anos desse trabalho, realizado pelo Grupo Esperança e Caridade, no Colégio Allan Kardec. “Este encontro é um recurso da metodologia trazida pelo professor Eurípedes Barsanulfo, sob o tema, 'Assistência Fraterna, uma terapêutica de amor', que é um valoroso processo pedagógico de educação do pensamento e sentimentos”, explicou. 

Realizado na Escola Eurípedes Barsanulfo, devido as obras de manutenção que estão sendo realizadas no Colégio Allan Kardec, o encontro contou com a presença de mais de 500 pessoas, entre os participantes de vários estados do país e voluntários da comunidade espírita local.

“Estamos felizes também com a participação de vários estados do país, com 457 participantes, e isso nos alegra, porque o trabalho tem a sua dinâmica na intimidade do ser. Não estamos aqui fazendo um encontro para passar alguma coisa, mas dando um direcionamento ao pensamento do espírito, para que ele conheça os valores éticos e morais, trazidos por Jesus, o maior terapeuta do amor. E mostramos que ninguém pode evoluir sem conhecer o processo pedagógico de Jesus”, esclarece. 

O encontro iniciou na noite de sexta-feira 19, com a participação das crianças do Coral e uma apresentação dos alunos da Casa da Música. “Com esses trabalhos, estamos mostrando que a educação tem o sentido que nós ainda não descobrimos, mas que é possível, fazer uma educação para mudar o sentimento, a responsabilidade e dar dignidade ao ser”. 

A programação prosseguiu com duas apresentações de teatro e uma exposição da Escola Eurípedes Barsanulfo. As atividades do dia finalizaram com o Coral Corina Novelino, fazendo um poupourri de músicas da primeira década do Encontro de Evangelização, seguido de três peças de Bach e Beethoven. “Essas peças apresentadas por crianças ao piano,  violão, violino e teclado são fruto da metodologia aplicada dentro da casa espírita e dentro da escola”, salientou Alzira.   

Assistência Fraterna 

Um dos primeiros livros da escritora Alzira Amui, 'Assistência Fraterna - A terapêutica do amor trazida por Eurípedes Barsanulfo', foi reeditado pela autora e lançado na abertura do encontro. “Devido à evolução da compreensão do estado consciencial do espírito, reescrevemos o livro, colocando-o no modelo que hoje estamos trabalhando. Ele faz parte dos livros que já editamos e que foi reescrito de acordo com o avanço do entendimento  do ser espiritual que somos”,  resumiu a autora, autografando o livro para o público. 

O que marcou a encontro

O casal Márcio e Enis, de Araras (SP) participou pela primeira do Encontro, fazendo uma avaliação muito positiva. “O que mais marcou no encontro foi a ênfase dada ao sentimento, no sentido de as pessoas procurarem considerar o ser humano, tratá-lo com dignidade e respeito”, afirma Enis, com Márcio completando: 

“Temos que valorizar o próximo, procurar entender seus anseios e dificuldades e, sobretudo, buscar na pessoa as suas virtudes e não os defeitos. Sentimos que os estudos aqui estão enfatizando muito isso, para que possamos crescer como pessoa e espírito”. 

Márcia, diretora de uma escola municipal e Márcio funcionário dos Correios, garantem que saem do encontro um pouco mais engradecidos. 

Andreia, Suzane  e Izilda, de Itapeva (SP) retornaram a Sacramento depois de 33 anos. Ao lado da escritora Alzira Amui, mostram o livro 'Eurípedes, o homem e a missão', de Corina Novelino, autografado naquela data. “Em 1986 estivemos em Sacramento com a Mocidade Espírita de Itapeva (SP). Éramos uns 30 jovens que viemos conhecer o trabalho, e agora voltamos. E, coincidentemente, naquela época, Alzira autografava o  livro, 'Eurípedes, o homem e a missão'.  Temos boas lembranças. Lembro que passamos a noite na casa de Alzira e ela fez uma torta de Sonho de Valsa e nos deu a receita, que  temos até hoje. E sempre fazemos a torta”, recordaram, sorrindo.