Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Saulo Wilson “Viver é lutar para melhorar cada vez mais a nossa capacidade de amar o próximo como nos ensina Jesus”

Edição nº 1648 - 09 de Novembro de 2018

O queridíssimo Saulo Wilson, que há alguns anos está morando com as filhas em Goiânia,  vem a Sacramento pelo menos duas vezes por ano, no 1º de Maio e 1º de Novembro, este ano, de uma forma especial, para as comemorações e homenagem a Eurípedes Barsanulfo, porque a data assinala os 100 anos de sua morte. Eurípedes nasceu em 1º de maio de 1880 e morreu em 1º de novembro de 1918, aos 38 anos, vítima da gripe espanhola.

Neste 1º de novembro, Saulo passou um susto nos familiares e amigos, ao sofrer um surto de isquemia, mas felizmente foi medicado e cercado de carinho e atenção dos amigos, dentre eles, o médico Nobuhiro Karashima.

Conversando com o ET, lamentou por não poder participar das comemorações. “Fiquei chateado, mas tive boas notícias das solenidades e das homenagens a tio Eurípedes, o lançamento do livro do Prof. Poggetti, excelente orador, que versa sobre seu perfil parlamentar - que infelizmente não poderei ler, dada minha deficiência visual - e a inauguração do monumento na praça Ângela Berlatto, conhecida como praça do Cemitério S. Francisco de Assis, onde está sepultado”. 

De acordo com Saulo, na época em que Eurípedes foi vereador, o cargo era de uma importância muito expressiva. “Os vereadores eram tidos como cidadãos dos mais conceituados na sociedade. Eu me recordo de papai, Homiltom Wilson, quando nos dizia   ser impossível escrever sobre Eurípedes e olha quantos já escreveram... Papai tinha 18  anos quando tio Eurípedes morreu”.

 

Questionado sobre o trabalho mais importante que Eurípedes teria deixado à posteridade, Saulo não hesitou em dizer: a Educação. “Numa época daquela, ele transformou o Colégio Allan Kardec no que Pestalozzi fazia na Suíça, a forma de ensinar, conduzir os alunos, inclusive fazendo uma coisa que era proibida por Lei, a classe mista. Eram meninos numa sala, meninas noutra, mas no colégio Allan Kardec meninos e meninas estudavam na mesma sala”.

 

Chico Madeira - Há algum tempo, Saulo Wilson vinha trabalhando num livro, intitulado Chico Madeira,  romance baseado na vida do Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswik. “Chico Madeira é uma personagem fictícia, mas baseada na vida do Cônego. Mas deixei a obra muitos anos parada e agora, dada à longevidade e à visão, perdi a inspiração para concluí-lo. Vou te enviar, quem sabe você o termina”, disse ao jornalista Walmor Júlio, que o visitou, acompanhando o ex-prefeito Biro.

A última pergunta foi feita pelo ex-prefeito ao seu ex-secretário: “Dr. Saulo, eu gostaria que o Sr. deixasse uma mensagem aos seus amigos com quem trabalhou na Prefeitura, o Adriano, Salete, Afonso... Quando eu converso com eles, falam que aprenderam muito com o senhor. Então manda uma palavrinha para eles, para ensinar-lhes mais uma coisinha'. Saulo acedeu e disse: “Fico muito satisfeito e agradecido e quero deixar-lhes um abraço, desejando-lhes muitas felicidades”. 

Para finalizar, Dr. Biro pediu que Saulo resumisse sua vida numa frase. Ele disse: “Viver é lutar para melhorar cada vez mais a nossa capacidade de amar o próximo como nos ensina Jesus”.