Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Imagem de Na. Sra. Aparecida ganha lugar de destaque na Capela do Cipó

Edição nº 1536 - 23 Setembro de 2016

O pátio da Capela Na. Sra. Aparecida, na Estação do Cipó, inaugurada no dia 12 de outubro de 2015, ganha uma imagem da santa de 2,70 m de altura.  Construída em fibra de vidro pelo artista plástico goiano, Elismar Moura Alves, a imagem foi doada à Paróquia do Santíssimo Sacramento por um grupo de devotos, que cotizaram o valor de R$ 12 mil para pagar o trabalho. Colocada sobre uma coluna de alvenaria, a imagem vai ficar a 4,70 m de altura, podendo ser vista do leito do rio. 
Na manhã do último sábado, uma carreata formada por dezenas de veículos, depois de percorrer várias ruas da cidade, transportou a imagem de Na. Sra. Aparecida até a capela no Cipó. De acordo com o pároco da Paróquia Basílica, padre Sérgio Márcio de Oliveira, “um grupo de devotos, orientados por Amir Salomão Jacob, pediram sua autorização para colocar uma imagem na área externa da capela. Com a anuência da Basílica, eles patrocinaram essa bela imagem com 2,70m de altura, toda de fibra de vidro, que será colocada num monumento. A  ideia, em princípio, é ter a imagem ali nas margens do rio como um marco. De longe ela será avistada por quem estiver no rio ou redondezas e será um marco também de devoção mariana e, que poderá atrair romeiros ao lugar”, explicou.
 Com a colocação das portas e janelas na capela, de acordo com o pároco, mensalmente, será rezada uma missa no local. Este ano as celebrações começam com o tríduo preparatório da Procissão Fluvial, nos dias 9,10 e 11, com missa seguida de quermesse, cuja renda será revertida nas obras de melhoria do templo.

 

“Essa imagem marcou muito minha vida...

Para o artista plástico, Elismar Moura Alves 48, que assina EMA em todas as suas obras, é uma honra estar em Sacramento para trazer a imagem. “Eu tive o prazer de fazer o João Canudo (praça Dr. José Zago Filho), o ostensório (praça do Laticínio Scala) e, através de Sacramento, fiz obra também para Conquista”, explica, destacando um lado espiritual de seu trabalho. “Independente da crença do escultor, a gente conversa  com Deus, para que esteja perto e direcione nosso trabalho. Essa imagem, em especial, marcou muito minha vida, marca um momento de transformação. Ela tem um valor religioso, a gente vê a piedade das pessoas e sente a devoção das pessoas”, afirma.
Elismar é natural de Piracanjuba, cidade próxima a Morrinhos (GO), onde reside e trabalha. Mas antes de se tornar artista plástico, teve várias outras atividades. “Fui técnico agropecuário trabalhando com gado leiteiro por muitos anos, trabalhei em laticínios, até me tornar artista escultor e  tive a oportunidade de sair do Brasil, quando aprendi técnicas de moldagem, corte e hoje me sinto honrado  em fazer trabalhos que vão ficar para posteridade. E é uma coisa de que gosto muito.
Vivo e sobrevivo das minhas mãos e já tive a alegria de fazer imagens até pra Roma”, revela e destaca a necessidade de manutenção da sobras expostas ao ar livre. “Meu coração dói ao ver que uma obra precisa de manutenção. Felizmente, tenho a segurança de saber que  as obras resistem  até que chegue um prefeito que tenha consciência de preservar, fazer a restauração, isto é, que  cuide.
As obras são confeccionadas em fibra de vidro, material utilizado na industria naval e na aeronáutica, material muito resistente a intempéries,  que podem ser restauradas no local e que aceitam pinturas que imitam bronze e outros metais. E, é um material que não corre o risco de furto, ao contrário do que ocorreria se fossem de bronze, além do custo que é bem inferior ”
Elismar é casado e pai de três filhas.

 

Ideia nasceu há dois anos

A ideia da colocação de uma imagem na capela do Cipó nasceu em 2015 com o devoto Amir Salomão Jacób. “Voltando de Trindade (GO), entrei em Morrinhos para visitar Elismar, meu amigo de longa data e, pedi a ele se teria condições  de fazer uma imagem de Nossa Senhora Aparecida de três metros de altura. Ele admitiu que sim, explicando que, por ser uma escultura que não tem molde, ficaria  em cerca de R$ 30 mil e perguntou quanto eu tinha. Respondi que não tinha nada. Ele, então, disse que nos daria a imagem, mas teria que esperar quando ele pudesse fazer”.
Conta mais Amir que voltou a Elismar, encomendando a santa para este ano. “Conversei com ele pra ver se a imagem ficaria pronta este ano. Para ajudá-lo, lhe demos R$ 12 mil, que consegui com o Laticínios Scala, R$ 8 mil, e o restante com devotos, ou seja, a imagem saiu então por 1/3 do valor inicial”, informou.