A tradicional Consagração a Nossa Senhora Aparecida, transmitida pela Rádio Sacramento, diariamente às 15h, completou 60 anos no último dia 30 de maio.
Ao longo deste período, diversos missionários redentoristas continuaram a rezar a oração escrita pelo padre Vítor Coelho de Almeida e transmitida pela sua inconfundível voz. Por meio dela, milhares de devotos de todo o Brasil se confiavam, e se confiam até hoje à intercessão da Mãe Aparecida,
O costume começou com o padre Laurindo Häuber, redentorista que trabalhava na Rádio Aparecida, emissora fundada em 1951. A primeira divulgação da Consagração foi num programa da mesma rádio no dia 30 de maio de 1955, e a partir de então começou a ser popularizada. O momento passou a ganhar grandes dimensões, e por este motivo, tornou-se uma celebração paralitúrgica, realizada no altar mor da Basílica de Aparecida a partir de 1957.
Diariamente às 15h, o povo devoto passou a ouvir a voz rouca, mas firme do Padre Vítor que junto á multidão de romeiros dizia: "Ó Maria Santíssima, que em vossa imagem milagrosa de Aparecida...”. Como o sacerdote tinha a quarta-feira livre, quem o substituía neste dia da semana era o padre Agostinho Frasson, que também realizava a Consagração nos dias em que Pe. Vítor ia pregar as Missões com a imagem de Nossa Senhora. Padre Vítor continuou realizando o programa por 31 anos, até o dia de sua morte, em 21 de julho de 1987.
A Consagração é até hoje um dos programas mais ouvidos da Rádio Aparecida. Com a morte do missionário redentorista, quem assumiu a oração foi o padre Alberto Pasquoto, ex-reitor do Seminário do Santíssimo Redentor, em Sacramento, que deu lugar depois ao padre Agostinho Frasson, que atuou por nove anos no momento religioso.
O sacerdote se lembra deste tempo com carinho. “Era uma responsabilidade enorme, afinal era um programa marcante e de muita audiência, que marcou a Rádio Aparecida. É até hoje um dos programas mais ouvidos da Rádio Aparecida, sobretudo pelas ondas curtas e tropicais, além da audiência regional.”.
Sucedeu Frasson, o padre Queiroz, que realizou a cerimônia por catorze anos, até 2011. Nesse mesmo ano, quem passou a realizar o momento foi o missionário redentorista, Padre Carlos Arthur Anunciação, até 2015.
A partir desse ano, outro missionário redentorista, Padre Valdivino Guimarães, diretor da Academia Marial, assumiu a apresentação.
Desde a primeira versão, a fórmula da Consagração passou por duas mudanças, sendo a última por ocasião da visita do Papa Francisco a Aparecida, em 2013. Contudo, sua função inicial continua imutável: Consagrar-se a Jesus por meio de sua Mãe Santíssima, Nossa Senhora. A oração é rezada sempre ao término das missas no Santuário Nacional e por todo o Brasil por meio da rádio, da televisão ou da internet.