Thalita Kum: momento de fé, reflexão e descontração

Cerca de 70 jovens de Sacramento passaram o final de semana no Educandário Ssmo Redentor, participando do VI Encontro Thalita Kum. A expressão de origem hebraica que significa “Jovem, levanta-te”. 

Na coordenação local, Adelmo Gobbo, afirma que o encontro é aberto a todos os jovens que queiram viver um momento forte de oração. “Estamos preparando para criar o grupo na cidade. A Aliança da Misericórdia faz um trabalho até os confins da terra, com o apoio das duas paróquias da cidade, porque é um movimento da Igreja Católica”. 

Todo o encontro foi ministrado por uma equipe de Ribeirão Preto, liderada por André Luiz da Silva Tobias, 29, que está no movimento há seis anos. Conheceu o movimento e se interessou por ele, após participar de uma Cristoteca, que ele define como a 'balada de Cristo'.

“Cristoteca é a balada de Cristo. Enquanto a maioria dos jovens vão a uma abalada por conta do puro prazer, nós vamos a uma balada onde não há bebida alcoólica, não há 'pegação', muito menos drogas. É claro que não queremos generalizar, pois há muitos jovens que participam desses eventos sem se perderem nos seus excessos”, compara.

Explica Tobias que na 'Cristoteca' há também bebidas, que eles chamam de Cristo Drink, feito de sucos e batidas sem álcool. “O segredo não vou contar, mas todos se divertem, dançam. A balada fica lotada. Em ribeirão Preto a balada é no Espaço Vila das Flores, onde realizamos em média três vezes por ano”, informa.

 De acordo Tobias, o Thalita Kum é um movimento voltado para o jovem que se encontra 'perdido' na drogas e nos vícios. “O movimento visa resgatá-los, levar-lhes o amor de Deus  e encaminhá-los para o caminho do bem, mostra-lhes a beleza de ser pessoa”, justifica, ressaltando que não é um trabalho fáci.

“- É um trabalho de formiguinha, que Deus nos desafia a fazer, mas é gratificante quando o jovem vive o Thalita Kum e se torna outra pessoa. Esse nosso trabalho é de conscientização e reestruturação  do ser humano”, esclarece Tobias, contando que ele dá testemunho, pois até os 23 anos vivia uma vida de bebedeira, de vício no álcool e hoje se encontrou. “Hoje eu trabalho, estudo, estou concluindo um curso técnico de mecânica industrial e vou para a faculdade, cursar engenharia. É outra vida que a passa a ter, a gente passa a dar valor à vida, à família. Sou missionário de aliança, mas tenho meu trabalho, estudo, tenho minha vida como todas as pessoas da minha idade e nos finais de semana estou no trabalho voluntário”. 

Sebastião Aparecido Quintino, 58, é o motorista dos 15 missionários que vieram de Ribeirão Preto e apoia o movimento desde que chegou a Ribeirão Preto há sete anos. “É um trabalho gratificante. Toda vida fui com minha família engajado no serviço da Igreja, encontro de casais durante 26 anos. Graças a Deus  criamos nossos filhos com princípios religiosos e todos ajudam, trabalham nas paróquias. E, quando o Thalita Kum chegou a Ribeirão me chamaram pra ser motorista e aceitei. Hoje estou aqui, semana que vem noutro lugar e assim vai. É uma experiência gratificantes estar com os jovens,  ajudo no que posso durante os encontros”. 

Nos três dais, os jovens tiveram  momentos de oração, palestras, oficinas,teatro, vivência  e muita música. O Encontro seguiu até as 16h30 num ambiente restrito aos participantes, que à tarde foram acolhidos pelos pais e juntos participaram da missa de encerramento.