O sacramentano, Pe. Otair Cardos da Cruz, está em Sacramento curtindo as férias, que tiveram um sabor especial, ao comemorar na terça-feira, dia 10, o seu aniversário ao lado dos pais, Adário Cardoso da Cruz e Enelzides Marcelina da Cruz. Familiares e amigos se reuniram para uma concelebração na Igreja Matriz d'Abadia, com seus confrades, o pároco Pe. Eduardo Ferreira e Pe. André Camargos, em ação de graças pelos seus 37 anos.
Ordenado há oito anos, Pe. Otair vem realizando bons e reconhecidos trabalhos nas paróquias por onde passou: Frutal, Comendador Gomes e Prata. Os três últimos anos padre Otair esteve em Uberlândia como reitor da Casa Diocesana e, atualmente, é pároco da Paróquia de S. Sebastião, em Pedrinópolis.
“Estou para servir, para onde for enviado irei. Estou a serviço da arquidiocese e do povo de Deus”, diz com simpatia. Ao ser questionado se a diocese é bem servida de sacerdotes, afirma que a arquidiocese tem um número de padres razoável. “Não podemos dizer que seja suficiente, por isso precisamos trabalhar muito na perspectiva vocacional, alimentado sempre a dimensão vocacional nas paróquias, para que o povo de Deus seja melhor atendido. Temos um bom número de padres, mas temos outros serviços que precisariam ser realizados e, portanto, precisamos de mais sacerdotes”, ressalta.
A vida em Sacramento
Pe. Otair é o quinto de seis filhos de Zita e Adário. Nasceu em Sacramento em 10 de janeiro de 1975 e cresceu na rua Tio Adolfo, ao lado dos irmãos, Roselaine, Otoniel, Rosângela, Otamir e Vitória. “Cresci brincando aqui nessa rua com a meninada. Aqui vivi até os 17 anos”, recorda.
Mas Otair diferiu um pouco dos garotos do alto do 'Terreirão'. Apesar de morar nas imediações do campo do XIII de Maio, não foi jogador de futebol. “Toda vida fui muito perna de pau para o futebol, mas eu acompanhava meus irmãos, ia aos treinos, mas jogar, não. No carnaval eu fui quando mais novo. Minha família sempre foi muito ligada a carnaval e eu cheguei a desfilar algumas vezes. Outra coisa que gosto muito é do congado, embora nunca tenha participado. Guardo tudo isso com muito carinho, faz parte da nossa cultura, das nossas origens e tem que ser valorizado, cultivado, preservado”.
A vocação religiosa
Ainda adolescente deixou Sacramento para ingressar no Seminário Redentorista de Santo Afonso, em Aparecida, aos 17 anos. Por isso reconhece hoje que muito de sua formação vem dos missionários de Santo Afonso. “Fui para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, e devo dizer que parte de meu despertar vocacional veio com Pe. Eugênio Bizinotto. Acho que tudo aconteceu de fato no dia da ordenação dele no Poliesportivo Marquezinho, depois da Semana Missionária, no nosso bairro com a presença do Pe. Gilberto Paiva.
Pe. Otair lembrou que sua vivência teve a influência redentorista também na paróquia. “Todos nós sabemos que, por quase 50 anos, os padres redentoristas administraram a Paróquia de Na. Sra. do Patrocínio do SSmo. Sacramento. Mas a minha vocação teve também o dedinho da madrinha Iracy Miguel, que me inscreveu como candidato em Aparecida, sem eu saber”, conta dando uma boa gargalhada.
Durante oito anos, Pe. Otair recebeu formação redentorista. “Passei pelo processo de formação inicial, depois o ensino médio, o propedêutico em Sacramento e o curso de Filosofia, na PUC de Campinas, mas logo em seguida, me afastei do seminário por um período, devido a um contratempo. Voltei a Sacramento, e logo ingressei no Seminário São José, da arquidiocese de Uberaba, onde fiz os estudos teológicos e fui ordenado presbítero em 12 de dezembro de 2003”, conta, com a certeza de que nasceu de fato para o sacerdócio.
Vir a Sacramento...