Cerca de 100, dos mais de 3 mil produtores rurais do município realizaram nos dias 15 e16 últimos, uma manifestação contra a política atual do governo Lula. Já há alguns meses circula na cidade um adesivo em veículos de produtores rurais, mostrando o descoantentamento da classe, com uma frase bastante agressiva e indelicada a um presidente da República: “Lula, a nova praga da agricultura”.
A manifestação, denominada ´Grito do Ipiranga´, aconteceu em vários estados, fechando suas principais rodovias. Em Sacramento, os produtoresfecharam a BR 262, no trevo de acesso a cidade. “Cerca de cem produtores do município foram para o trevo com máquinas agrícolas (tratores e colheitadeiras) e caminhões”, informou o produtor, Cacildo Flávio Bizinoto.
Segundo Bizinoto, a manifestação começou na segunda-feira, 15, no mesmo horário dos demais estados, às 14h00 e às 17h00, com bloqueio da rodovia. Na terça-feira, o bloqueio começou às 6h00 da manhã, até às 17h00, com liberação de meia hora a cada duas horas de interdição. Ambulâncias, carros com gestantes, pessoas deficientes e idosos tinham trânsito livre.
A manifestação ´Grito do Ipiranga´ foi suspensa na quarta-feira, 17, quando os líderes anunciaram uma trégua. "A manifestação não terminou, o que houve foi uma trégua até o dia 25, quando o governo federal deverá anunciar o novo pacote de medidas agrícolas e não atendendo as reivindicações feitas pelos produtores dos oito estados, a greve será retomada", concluiu Bizinoto.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Sacramento, Hermógenes José Ribeiro, apoiou o movimento de bloqueio das rodovias feito pelos produtores rurais. "Os manifestos ocorreram por todo o Brasil com o objetivo de sensibilizar o Governo Federal sobre a situação que os produtores enfrentam e mostrar para a sociedade a sua importância na sustentação do país. A falta de uma Política Agrícola bem definida, dívidas acumuladas de safras anteriores, baixos preços dos produtos agrícolas que não cobrem os custos de produção, baixas produtividades por problemas climáticos, doenças e pragas são os principais fatores que levaram os produtores a essa situação, enfrentada por todos produtores rurais, seja de grãos, leite, pecuária", justificou o presidente, ressaltando que "o produtor não quer perdão de dívidas, quer condições para pagá-las e de continuar produzindo e gerando emprego e renda.