O encerramento do processo inicial de beatificação do missionário redentorista, Pe. Victor Coelho de Almeida, aconteceu dia 31 de agosto último, na capela doméstica do convento novo – comunidade do Santuário, às 9h00, com a instalação da Sessão de Clausura do Processo sobre a vida de Pe. Victor. Presidida pelo arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, a formalidade da sessão consiste na apresentação do resumo de todo o processo em três vias, ficando a original no arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e as outras duas vias enviadas a Causa dos Santos, em Roma. “O trabalho para preparação dos documentos foi penoso e já estava em andamento desde maio deste ano com a ajuda inestimável do Pe. Clóvis Bovo, que já tem prática do processo do Pe. Pélago Sauter, de Campinas-Goiânia”, comentou o missionário redentorista, Pe. Júlio Brustoloni.
A sessão contou com a presença de todos os membros do Tribunal para a canonização do Pe. Victor Coelho, juiz delegado, Cônego Pedro Lopes, de Taubaté; dom Moacir Silva, bispo de S. José dos Campos; Promotor de Justiça; notária adjunta, Ir. Maristela Maia e do vice-postulador, Pe. Júlio João Brustoloni, CssR. Aberta ao público, compareceram ainda à sessão, diversos confrades, o superior e retor do Santuário, Pe. Mauro Matiazzi; superiores das comunidades do Potim, Santo Afonso e Na. Sa. Aparecida (Propedêutico), alguns leigos, além de Pe. Matuzalém Gonçalves, que narrou a graça alcançada por intermédio de Pe. Victor.
Dados históricos do processo
O processo, com o objetivo de constituir o Tribunal para a canonização do Pe. Victor Coelho de Almeida, com as formalidades de direito, foi aberto na concelebração da festa da Padroeira, 12 de outubro de 1998, com sessão presidida pelo então arcebispo, dom Aloísio Lorcheider, e com a presença do postulantador geral, Pe. Antônio Marrazzo, CssR; do vice-postulantador, Pe. Júlio J. Brustoloni; do juiz delegado, dom Antônio Afonso Mirada, bispo emérito de Taubaté.
No dia 29 de outubro daquele ano foi realizada a primeira sessão de interrotário, quando foi tomado o depoimento de Pe. José Bertagna, CssR. Depois, até novembro de 2004, ouvidas outras 97 testemunhas em 120 sessões. “Uma vez concluídos os interrogatórios, o juiz delegado, cônego Pedro Lopes deveria ter preparado a sessão de Clausura, o que, infelizmente, não fez. Já idoso, estava motivado”, informou Pe. Brustoloni, lamentando que a partir dessa data, novembro de 2004 a julho de 2006, o processo ficou parado, quando então foi realizada a sessão de Clausura, com mais de um ano e meio de atraso.
O processo hoje já tem um caso de cura extraordinária, da dona de casa, Vicência Alves Cunha (box). Depois de ter constatado um tumor no pâncreas, foi remetida ao Hospital Regional de Taubaté, onde o médico João Batista Cauduro, mediante uma tomografia, confirmou a existência do tumor, indicando uma cirurgia. Intercedendo por Pe. Victor, Vicência se viu curada. Uma outra tomografia feita no início de agosto não acusou nada, estando pâncreas limpo, conforme confirmou Dr. Canduro. Um dos médicos com quem tratou, José Roberto Mafertano, já deu seu laudo confirmando a cura extraordinária.
Segundo Pe. Brustolini, falta agora pedir a avaliação desse médico para depois enviar os relatórios para serem vistos por médicos peritos da Causa dos Santos, em Roma. “E., se estes julgarem consistente a cura, será aberto o 'Processo de Miro', isto é, sobre a cura extraordinária ou milagre. Que tudo corra bem, sãos os nossos votos, para maior glória de Deus?”, concluiu Pe. Júlio Brustoloni.
Pe. VÍTOR COELHO
Testemunho de Graça
Pe. Júlio Brustoloni (*)
Vicência Alves da Cunha, de Pindamonhangaba-SP, agradece a cura extraordinária de um tumor no pâncreas. Em carta de 15/01/06, sua filha, Carmem Lúcia, nos relatou:
“Em maio de 2005 minha mãe, com 75 anos, foi internada com problemas intestinais, permanecendo sete dias. Obteve alta e voltou para casa. Continuou, porém, reclamando de dores no abdômen. Consultando o Dr. José Roberto Mafetano, este constatou mediante toque, confirmado depois com ultra-som, um caroço no pâncreas. Foi encaminhada para o Hospital Regional de Taubaté SP, onde foram feitos novos exames, incluindo uma tomografia.
O diagnóstico, assinado pelo Dr. Caio Lúcio, constava a existência de um tumor. O Dr. Antônio B. Cauduro declarou a necessidade de uma cirurgia para extirpar o tumor. Ficamos com medo por causa da idade da mamãe e por sofrer de diabetes.
Iniciamos com muita fé e confiança a novena em louvor da Santíssima Trindade, pedindo a intercessão do Pe. Víctor Coelho. Minha mãe já estava preparada para a cirurgia, faltando somente marcar a data. Feita nova tomografia em Taubaté, o resultado foi negativo. Levamos, então, mamãe novamente para o Dr. Mafetano, e ele confirmou que o tumor havia desaparecido. Tenho certeza de que o Padre Víctor, lá no céu, pediu por ela”.
O Dr. Mafetano fez, a meu pedido, um relatório declarando que a cura foi extraordinária. Aguardamos, naturalmente, a palavra da Igreja.
(*) Pe. Júlio Brustoloni é missionário redentorista