O prefeito Joaquim Rosa Pinheiro não atendeu ao abaixo assinado dos moradores do residencial Jardim Alvorada, do bairro Santo Antônio. Vai mesmo construir, em parte, da já pequena praça do residencial, o Centro de Convivência do Idoso, um galpão que vai servir de local de festas para o grupo 'Arte de Envelhecer', da 3a idade. A obra de 312,68 m2, que vai custar R$ 250 mil, começou há quase um mês, revoltando desde então os moradores, frustados com a resposta a um requerimento enviado ao Ministério Público. Nem mesmo a Câmara, nem mesmo o promotor José do Egyto de Castro, que é curador do meio ambiente, impediu a construção.
No dia 24 de julho do ano passado, os moradores protocolaram no fórum local um abaixo-assinado requerendo as providências cabíveis no sentido de preservar a área, destinada à construção de uma praça pública, de acordo com a Lei Municipal 171, de 10/05/1988. O promotor, justificando sua incapacidade de agir, limitou-se a encaminhar o abaixo-assinado à Câmara e ao prefeito.
Segundo os moradores, representados por Simone Borges, a praça seria um espaço reservado ao lazer , descanso e passeio para os moradores do bairro Santo Antônio, principalmente dos residenciais, Jardim Alvorada e Jardim das Oliveiras. “A área de 5.000 m2 foi destinada a uma praça, agora a prefeitura quer transformar parte dela em área particular, assim entendemos, pois está destinando parte do local para a construção de um salão de festas, onde se cobra ingresso, como ocorre nos bailes da terceira idade”, denunciaram.
Em entrevista a este jornal, a jovem Simone vê até uma forma de propaganda enganosa. “Na verdade, fomos enganados na compra dos terrenos. Quando compramos os nossos terrenos da empresa, fomos informados, inclusive nos mostrando o mapa, de que o local seria destinado a uma praça pública, com área verde, bancos, frondosas árvores... Mas agora, infelizmente com a aprovação dos vereadores, o prefeito fez a desafetação de parte da praça para construir um galpão para a 3a idade. Quando compramos os terrenos, escolhemos o local porque ali haveria uma praça e não outra construção. Vamos ser indenizados?”, perguntam revoltados.