Prefeito deixa de repassar mais de R$ 1 milhão a entidades

Foi o ano do sufoco prá quase todas as entidades filantrópicas ou prestadoras de serviços sociais da cidade. Das 24 instituições pesquisadas por este jornal, 16 delas, de um total de 40, deixaram de receber R$ 905 mil, conforme lei orçamentária aprovada em abril último pela Câmara. O prefeito Joaquim Rosa Pinheiro, baseado na falsa história de que a causa foi a 'queda da arrecadação' (segundo a Câmara até dezembro o superavit financeiro deve ir para R$ 5 mi) deve ter aplicado o recurso em outras áreas. Só a Santa Casa de Misericórdia de Sacramento deixou de receber, R$ R$ 348 mil. Dos R$ 600 mil a que tinha direito, a Santa Casa recebeu menos da metade, R$ R$ 252 mil.
O provedor daquele nosocômio, Ricardo Barbosa, sofreu na pele a falta do dinheiro. “O planejamento no início do ano foi feito sobre a quantia de R$ 600 mil. Se não vem, a coisa desanda.

Obviamente, alguém vai ficar sem receber, milagre nós não fazemos. Nós renegociamos dívidas passadas, ganhamos credibilidade junto aos fornecedores, cumprimos nossos compromissos, até quando deu. Fizemos um bom trabalho, que hoje está se perdendo, voltando a falta de crédito, pois os compromissos não estão sendo honrados nas datas certas, sem contar com desgaste emocional que nos é causado”, disse o provedor, ratificando o que todo presidente de entidade justificou: “O prefeito disse que diminuiu a arrecadação municipal, principalmente do ICMS”. Não é verdade. Na demonstração enviada à Câmara, pelo secretário de Controladoria, Cleber Silveira Borges, a Prefeitura já havia arrecadado até novembro, R$ 34.170.000,00, de um orçamento total para o ano de 2006, de R$ 32.474.000,00.