Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Desgovernado, caminhão cai no córrego Benjamim

Edição n° 1263 - 24 Junho 2011

Um caminhão carregado de pneus de carreta caiu no córrego Benjamim, na altura do local conhecido como Voltinha, fundo da chácara do Zé Cirilo, após percorrer um longo trecho no pasto, arrebentar duas cercas até  atolar no córrego. 

  O acidente ocorreu por volta as 6h00 da manhã, de acordo com o motorista, Roberto Donizete Magalhães, 48, que saiu de Uberlândia com a carga na terça-feira por volta das 15h00, passou em Conquista para fazer a primeira entrega e lá pernoitou. “Por causa do valor da carga, decidi ficar em Conquista pra não rodar à noite. Hoje, saí cedinho e, por volta das 6h00, chegando a Sacramento, parei na pista, próximo ao Supermercado Bom Preço, pra pedir informações de como sair para Rio Paranaíba”, contou.

Prossegue, afirmando que desligou o motor, tirou a chave e foi até o supermercado. “ Mas agora fico na dúvida se puxei bem o freio de mão. Peguei a informação e quando estava voltando vi o caminhão descendo. Na hora pensei que alguém o estivesse furtando. Sai correndo, alcancei o caminhão e abri a porta, mas ao tentar subir na cabine, eu caí  e o caminhão seguiu na rodovia. De repente atravessou a pista entrou no pasto e  veio arrebentando cerca, cupim,  até parar no córrego. E foi por Deus que eu caí  e que o caminhão passou  no meio de  dois desbarrancados, senão acabaria tudo”, contou mais em meio aos curiosos. 

No momento em que a reportagem do ET estava no local, Roberto esperava uma máquina da prefeitura para abaixar o barranco para a retirada do caminhão. Pouco depois do acidente, o motorista foi socorrido pela PM. “A polícia esteve aqui, me levou ao hospital, fiz raio-x, porque bati o peito no asfalto e logo após fui liberado. O guincho já esteve aqui, mas é preciso rebaixar o barranco pra tirar o caminhão, e agora estou aguardando a máquina”, informou.

Preocupado com os possíveis estragos do caminhão e com a carga avaliada em cerca de R$ 70 mil, lamentou que o veículo não tivesse seguro. “O caminhão é meu, comprei 'ele' há seis meses e ainda não tem seguro, é o meu ganha pão. Faço serviço terceirizado para a empresa,  entregando pneus. Estou indo  para  Rio Paranaíba e Patos de Minas fazer  mais entregas, mas essa é a primeira vez que passo por aqui”, disse.

Roberto, porém, estava muito agradecido a Deus por algo pior não ter acontecido. “Se esse caminhão segue desgovernado pela rodovia e vem outros veículos nem sei o que poderia acontecer...”. Roberto se mostrou também agradecido pela presença de várias pessoas no local. “Muitas pessoas estiveram aqui me dando apoio, trouxeram água e até almoço pra mim, eu não posso deixar a carga sozinha. Estou agradecido”, finalizou o motorista Roberto Donizete.