O deficiente visual, Heitor Alves Meirelles Filho, 68, levou oito pontos na perna, após cair num buraco feito pelo SAAE para manutenção da rede de água, próximo ao banco Bradesco. Heitorzinho conta que o amigo, Eurípedes Coelho, o deixou do outro lado da rua, em frente à agência do Bradesco, onde iria. “Usando a bengala, tateei o meio-fio, dei o passo e cai num buraco que deve ter cerca de 1,70 m de altura. Fiquei com o corpo inteiro no buraco. Duas pessoas generosas me tiraram do buraco, me deitaram, imobilizaram e logo a ambulância chegou e a Polícia também. Na Santa Casa fui bem atendido pelo ortopedista, fiz todos os exames. A meu ver o SAAE teria que pagar essa despesa para a Santa Casa, porque tive escoriações, fiz exames e levei acho que foram oito ou nove pontos na perna”, conta.
De acordo com Heitorzinho, no local não havia nenhuma proteção, a não ser dois cones. “As normas de segurança obrigam as empresas a isolar o local com uma fita, mas lá não havia nem cavalete, nenhum funcionário para vigiar, nada que alertasse as pessoas”, desabafa.
Heitorzinho completa, afirmando que a cidade não adota normas de segurança para os transeuntes, especialmente, para os deficientes visuas. “São escadas sem proteção, toldos fora da altura das normas da ABNT, amarrados nas calçadas, canos expostos. A gente vive batendo a cabeça nos toldos e ninguém liga. As obras feitas em Sacramento não têm proteção, cavalete, fitas de alerta. Já denunciei isso na Câmara e não tomaram nenhuma providência. O que estão esperando, alguém morrer?”, diz, revoltado.
O diretor do SAAE, engenheiro Osny Zago, respondendo a emeio do ET, disse o seguinte: “O SAAE, através de seu Superintendente Administrativo, lamenta o ocorrido e informa que abrirá procedimento interno para apurar possíveis equívocos na execução da obra de manutenção realizada na avenida Benedito Valadares”.