Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

PM em ação

Edição n° 1234 - 03 Dezembro 2010

Mais um assalto a banco na cidade

 

Era o início da tarde da última terça-feira, 29, às 12h30, narrou o B.O., quando dois homens armados entraram na agência d Sicoob Credicoasa, na av. Rio Branco, bem no coração do centro comeEra o início da tarde da última terça-feira, 29, às 12h30, narrou o B.O., quando dois homens armados entraram na agência do Sicoob Credicoasa, na av. Rio Branco, bem no coração do centro comercial da cidade anunciaram o assalto, renderam sete funcionários e cerca de oito clientes, e saíram tranqüilos, em menos de dez minutos, com  R$ 120 mil, em cédulas e moedas. Uma quantia que a maioria dos funcionários da agência levaria anos para conseguir. 

A ação foi tão corriqueira e normal que nenhum transeunte ao passar pela rua desconfiou de alguma coisa, nem notou a saída dos bandidos, que assaltaram o banco com apenas um boné, sem nenhuma máscara para protegê-los a identidade. 

Uma mensagem via celular foi enviada da agência comunicando o fato a um parente, às 12h29,  com as palavras: “Socorro, assalto”. O pai da vítima que recebeu a mensagem, imediatamente comunicou o fato à PM pelo 190 e, apavorado, dirigiu-se à agência. Ao entrar na agência cruzou com os bandidos deixando a agência, na porta giratória, ainda sendo advertido: “É um assalto, vai para o fundo da agência, onde estão os outros”. 

A PM só chegou ao local às 13h00. rcial, anunciaram o assalto, renderam funcionários e cerca de 16 clientes, e saíram tranqüilos com  R$ 120 mil, em cédulas e moedas. Uma quantia que a maioria dos funcionários da agência levaria anos para conseguirem. 

A ação foi tão corriqueira e normal que nenhum transeunte ao passar pela rua desconfiou de alguma coisa, nem notou a saída dos bandidos, que assaltaram o banco com apenas um boné, sem nenhuma máscara para protegê-los a identidade. 

Uma mensagem via celular saiu da agência comunicando o fato a um parente, com as palavras: “Socorro, assalto”. E imediatamente a PM foi comunicada, mas demorou muito a chegar ao local. O pai da vítima que recebeu a mensagem, apavorado, chegou ao Banco antes da PM e foi também rendido pelos assaltantes. Quando a PM chegou já haviam se evadido, tomando rumo ignorado, deixando funcionários e clientes trancados na cozinha. 

 

Ação dos ladrões durou dez minutos

 

Conforme o BO, pelo circuito interno de câmaras ficou constatado que os indivíduos são morenos claros, um de porte forte e outro magro, cerca de 1,78 m, trajavam camisas pólo com listras escuras, bonés escuros e calças jeans. Para entrar com as armas, o mais forte entrou no banco normalmente pela porta giratória e se posicionou em frente ao compartimento onde se colocam objetos. Em seguida,  outro indivíduo lhe passou as armas e também entrou e anunciaram o assalto. Duas funcionárias foram obrigadas a recolher todo o dinheiro que estava no cofre e nas gavetas. Os assaltantes  diziam para as vítimas ficarem tranqüilas, pois não queriam machucá-las.  

Durante o roubo, todo cliente que chegava ao banco era rendido e colocado nos bancos de espera e monitorado pelo indivíduo magro.  Após recolherem todo o dinheiro, R$ 120 mil, trancaram as vítimas e os clientes dentro da cozinha e,  em seguida evadiram-se  tomando rumo ignorado. 

Uma das vítimas conseguiu passar uma mensagem via celular para a família, dizendo: ''Socorro assalto''. A família acionou a PM via 190, mas ao chegar ao local, as  vítimas já haviam sido liberadas sem ferimentos e nada pessoal foi roubado.  Ninguém soube informar sobre a fuga dos ladrões, se saíram  de carro ou moto.  

Foi acionado o cerco bloqueio das cidades circunvizinhas e feito um intenso rastreamento na cidade e adjacências, mas ninguém foi preso. 

Segundo os funcionários, não houve violência. Pelo menos dois clientes da agência chegaram à porta da agência, acharam estranho o local vazio e não entraram. Há notícias também de que um terceiro assaltante teria ficado todo o tempo do assalto na porta da agência. E que, um dos bandidos teria fugido na direção da praça Getúlio Vargas, sentido av. Vigário Paixão, com um saco azul de TNT cheio de dinheiro.

O presidente do Sicoob Credicoasa, Carlos Roberto Almeida - Chimango, disse que o banco adotou todas as normas de segurança exigidas pela Crediminas. “O serviço de segurança com guardas armados não faz parte dos itens de segurança exigidos pela Crediminas. As normas adotadas estão todas de acordo com o exigido e aprovadas pela Crediminas”, disse. 

 

Diretor avalia os primeiros 30 dias da Suapi na cidade

 

Há pouco mais de um mês a Suapi – Subsecretaria de Administração Prisional, da Secretaria deEstado de Defesa Social, assumiu a cadeia pública, hoje, Presídio de Sacramento. Desde então as mudanças são visíveis.  Aparecido Alves Claudino,  diretor do presídio, recebeu o ET e fala das mudanças. “Tudo está muito bem, ótimo e demos os primeiros passos, que foram  a construção da guarita, da área de embarque e desembarque de presos,  lavanderia, portaria de recepção  e alguns estão começando a  sair para o trabalho. Passados os primeiros 30 dias, 'período de choque', estão voltaram às atividade normais, recebem visitas  e banho de sol, tudo voltou ao normal”, informou. 

Além de três presos de alta periculosidade transferidos para penitenciárias,  já houve muitas mudanças no presídio, a começar com a redução do número de presos. “Quando assumimos, havia 120 presos entre fechados, semi-abertos e abertos. Hoje são  85 presos, sendo 68 fechados,  dos quais dez são mulheres e, 17 presos no regime semi-aberto. Não há nenhum menor apreendido no momento. Dos que foram soltos , dois foram presos novamente. Mas a nossa avaliação é  muito positiva”. 

Treze detentos já estão trabalhando, alguns deles, no pátio da sede da Polícia Militar (Pelotão)  ao lado do presídio, cuja obra está na fase de acabamento. O critério adotado para os detentos saírem para o trabalho, são o bom comportamento disciplinar no dia a dia, o tipo de crime e a  pena. “Eles não recebem dinheiro, por enquanto, só têm remissão de pena, porque essas são obras públicas. No próximo ano, eles vão fazer a construção do prédio  da delegacia aqui ao lado, aí haverá um convênio com a Prefeitura e eles vão receber ¾ do salário mínimo pelo trabalho”, explicou. 

Alterações também nos horários das visitas, que passaram para os sábados e domingos, de acordo com a ordem das celas. “As visitas a todos os presos não acontecem no mesmo dia e hora. Por exemplo, as celas de 1 a 3 recebem vistas aos sábados e as demais no domingo. Outra mudança  é que os visitantes têm que ser credenciados, só entram com carteirinhas expedidas pela Suapi. E há outras normas para outras pessoas que entram  aqui,  inclusive para os advogados. É usado o detector de metal, celulares são recolhidos na portaria e os visitantes dos presos passam por uma busca minuciosa”, informou.

As visitas íntimas estão suspensas até o início do ano e, de acordo com Aparecido , só vão acontecer após a chegada dos demais profissionais: assistentes socias e psicólogo. “Por causa das eleições, eles só começam a trabalhar em janeiro e aí é que virão as orientação para a visita íntima, porque há todo um trabalho desses profissionais”, disse, acrescentando que há no presídio o local próprio para as visitas. 

  De acordo com o diretor, as melhorias nas dependências do presídio estão sendo feitas com recurso do Estado, do Conselho de Segurança Pública da cidade, com o apoio da sociedade, e da Prefeitura. “Estão previstas outras melhorias, mas pra esse ano não dá mais, mas no ano que vem outras melhorias vão ser feitas com o apoio dos três parceiros e estou muito satisfeito, todos estão. A cidade é muito boa, fomos muito bem recebidos e pretendemos ficar por aqui um bom tempo”, finaliza Aparecido.

O presídio conta com 53 agentes de segurança, os seis que já estavam na cidade e mais 48  que ingressaram a partir do momento que a Suapi assumiu o presídio. 

 

Bandidos cariocas podem espalhar-se pelo interior

 

Interiorização dos assaltos e de crimes crueis, por conta da caça aos bandidos no Rio. Essa é uma das grandes preocupações das autoridades de seguranças das cidades do interior. O delegado Cesar Felipe  Colombari da Silva não descarta essa possibilidade.

 “- O alerta que faço à Fpopulação é que não vivemos mais na sociedade de antigamente. Não é porque é Sacramento, que as coisas não vão  acontecer. A criminalidade está  generalizada:  assaltos a bancos, furtos a caixas eletrônicos, assassinatos com requinte de crueldade, estupros, roubo e furto de veículos. A tendência é a criminalidade ficar cada vez mais violenta,  porque estamos vendo um afrouxamento de leis e garantias para presos. Hoje, infelizmente, o crime compensa”, comentou.

Para o delegado o dinheiro roubado do Credicoasa  é o salário de cinco anos de serviços de um policial. “Uma soma que um policial vai ganhar com cinco anos de serviços e outros trabalhadores levam muito mais tempo pra ganhar.  Se os dois forem presos, estão sujeitos a pena de quatro a dez anos e têm o dinheiro pra viver depois a vida deles’’, avaliou.

Para Colombari, não são preciso os bandidos cariocas, a criminalidade já está aqui. “Não é preciso dos cariocas virem para o interior, a criminalidade já está aqui. É que as pessoas vivam em constante alerta, aumentem a vigilância, a segurança, evitar saques de grandes quantias, andar com grandes quantias e o mais importante, nunca resistir a nenhum assalto:  poupe a sua vida”, concluiu.