Banco do Brasil é assaltado de madrugada

De acordo com o BO, naquela madrugada, a PM fazia a abordagem a duas pessoas que estavam junto a um veículo, quando percebeu dois indivíduos morenos claros, trajando blusa tipo moleton e casaco tipo blusão que, ao perceberem a presença da policia saíram em desabalada carreira sentido Banco do Brasil.  Ao policia correu atrás  dando ordem para que parassem, mas não obedeceram e um deles saltou sobre o muro da lateral direita do Banco e o outro seguiu até a praça Getúlio Vargas. Ao pular a grade da residência nº 105, ficou pendurado nas pontas de lança da grade e, para se desvencilhar,  teve que rasgar a calça no meio das pernas e adentrou no quintal. Os policiais passaram a cercar o quarteirão, mas estavam com os dois detidos na abordagem anterior na viatura, o que dificultava o rastreamento. Como a PM perdeu os dois de vista e não sabiam por que os dois estavam ocorrendo, seguiram com a viatura para a Delegacia onde deixou os  dois presos. 

Os policiais retornaram em seguida para o  rastreamento nas imediações das agências bancárias e ao passarem em frente ao Banco Popular avistaram um objeto num corredor. Ao fazerem a averiguação depararam com uma bolsa preta contendo grande quantidade de dinheiro, além de duas barras de ferro tipo alavanca, um boné marrom,  uma mão de luva verde, uma máscara de proteção facial e um cordão verde com a inscrição Surf Wear.  Nesse momento,  a PM desconfiou que havia  ocorrido furto em alguma das agências  e, ao verificarem constataram que o furto  ocorrera no Banco do Brasil. Ao entrarem encontraram um caixa eletrônico arrombado, constatando ainda que os ladrões  usaram maçarico (que não foi encontrado)  para abrir o caixa. Encobriram suas ações com uma lona preta e  tamparam a luz do sensor para que não acendesse. 

O pessoal do banco e  mais policiais foram acionados e o rastreamento intensificado. No quintal da casa nº 105, a PM encontrou uma máscara de proteção facial da marca Embramac e um relógio, provavelmente usados pelo individuo que pulara a grade. Foi determinada a abordagem de um veículo que seguia na avenida Domingos Magnabosco  e quem o dirigia era Daniel Augusto de Oliveira, que trajava uma calça jeans  rasgada entre as pernas. Daniel estava com dois celulares e em seu bolso a quantia de R$ 310,00 em dinheiro, mas ele havia informado à PM que estava com R$ 280,00. No interior do veículo cor preta, de São Sebastião do Paraíso, foram encontradas, no porta luvas,  três máscaras de proteção facial  também da marca Embramac, iguais às utilizadas no furto da agência. Ao ser indagado sobre a calça rasgada e o ferimento na perna esquerda, Daniel entrou em contradições e disse que havia brigado com uma pessoa  em Uberlândia, depois disse que foi em Uberaba e no seu pescoço havia um cordão vermelho semelhante ao encontrado junto à mochila de dinheiro. Porém, a calça rasgada, suja e com carrapichos, além da marca de relógio no punho esquerdo o denunciavam.  Durante a abordagem,  Daniel recebeu várias ligações, num total de nove ligações, nos celulares que já estavam em poder da policia.  Daniel foi preso em flagrante e, após passar pelo pronto socorro, onde foi Atendido pelo médico plantonista, foi conduzido á cadeia pública e o veículo  encaminhado ao pátio de Depol. 

Junto com o funcionário do Banco do Brasil, H.S, a PM fez a contagem do dinheiro encontrado na mochila abandonada e foram apurados R$ 52.050,00, distribuídos em 689 cédulas de R$ 50,00 e 176 cédulas de R$ 100,00. A perícia  foi acionada, comparecendo à agência  a perita Renata França Vianna Novaes.  

Em depoimento ao delegado Cesar Felipe Colombari, junto com seu advogado Antonio Carlos de Oliveira, de Ribeirão Preto,  Daniel nega o  envolvimento no furto.  

Para o delegado, os autores do furto fazem parte de uma quadrilha bem estruturada.  “Usaram máscaras, cobriram o sensor, cada caixa eletrônico tem cinco gavetas  e eles abriram só as de notas de 50,00 e 100,00. Eles vão ser investigados pelo furto praticado numa agência em Delta no início de novembro. Ele está preso e se não houver relaxamento da  prisão, ele permanece preso”.