Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Motorista bate caminhonete em poste e deixa várias residências sem energia

Edição nº 1667 - 22 de Março de 2019

Uma caminhonete Ford Ranger, de propriedade de Geovani Massa, emprestada a terceiros, colidiu e derrubou  um poste de iluminação na avenida Conego Julião Nunes, por volta das 23h30 da noite dessa quarta-feira 20. O acidente causou explosões, queda de energia, deixou  vários fios de energia na rua e prejuízo para muitos moradores. A Cemig só chegou ao local iniciar os reparos, mais de 12 horas depois, o que foi motivo de crítica dos moradores, ainda mais pelo fato de ter desmobilizado a equipe de base estacionada na cidade, na última semana por volta das 12h dessa quinta-feira. 

Até o fechamento desta edição, o ET não conseguiu informações sobre os nomes das pessoas que dirigiam o veículo. À Polícia, Geovani informou que estava em sua casa com algumas pessoas e elas pediram a caminhonete para comprar algumas coisas, sendo o veículo emprestado a elas pelo proprietário, mas ele não soube passar nenhum tipo de informação sobre quem eram as pessoas ou onde a PM poderia encontrá-las. 

De acordo com o morador Nenem, cujo poste destruído fica em frene à sua casa, a Cemig só chegou ao local do acidente às 12h do dia seguinte para substituir o poste e recolher a os cabos de alta tensão e fiação que ficaram no chão. Conta o morador que ele e sua mulher levaram um grande susto, por volta das 11h30 da noite anterior, quando a caminhonete bateu no poste provocando curto circuito, faísca e duas explosões que provocaram fortes clarões. 

“Minha mulher, Cida, queria sair, mas não deixei. Era faísca para todo o lado e havia muitos cabos esparramados pela rua. Pelo que contam havia duas pessoas na caminhonete, mas saíram ilesas, ela veio da praça do Chafariz na direção do centro e bateu no pé do poste. Dou graças a Deus, porque se o poste cai em cima da minha casa, pegaria fogo em tudo. Foi um susto e tanto”.

  Jânio Miguel Martins, outro morador bem próximo do acidente, em entrevista ao ET, disse que assistia TV na sala, ouviu o barulho e saiu pra ver do que se tratava. “Eu estava no sofá vendo TV, ouvi o barulho, saí e vi o acidente aqui. Vi dois homens saindo foram até a esquina, pegaram o telefone, voltaram na caminhonete e foram embora. Não sei quem são, mas não aconteceu nada com eles, não. Renato, Nadinho e eu é que fomos na caminhonete ver se havia alguém.  Os air bags estavam abertos, mas não havia ninguém”, explica, acrescentando que a energia acabou no momento, voltou, ficou piscando até que  acabou de vez. 

“Ela ficou só numa fase, só nas lâmpadas. Minha geladeira queimou, computador queimou e já fui tomar as devidas providências, mas outros moradores tiveram prejuízos também”. Além do susto e dos prejuízos, Jânio lamenta o descaso da Cemig. “Pelo horário que foi, ninguém tomou providências de nada. A Cemig só veio agora arrumar, ninguém tirou a caminhonete do lugar. Só veio a polícia e uma ambulância”.  

Já Maria Aparecida de Souza, moradora da rua Eurípedes Barsanulfo, localizada duas quadras abaixo do acidente, relata que passou um grande susto. “Eu moro duas ruas abaixo e só ouvi os estrondos, três estrondos fortes, e aquele clarão dentro de casa. E, de repente, escureceu tudo e até agora nada. Não sei se queimou alguma coisa, porque estamos sem energia até agora. E quem vai pagar os prejuízos?”, pergunta, com lágrimas nos olhos.

Francisco Luiz Rodrigues Neto, proprietário da Oficina Eletro Automotiva em frente ao local do acidente mostrou à reportagem que o relógio de energia explodiu na parede. “O relógio explodiu, carbonizou e queimou toda a fiação do estabelecimento e tudo o que estava ligado explodiu: câmeras de segurança, computador, frigobar, bebedouro e oito sensores todos carbonizados. Não calculei ainda os prejuízos,  vou fazer um BO e levar à Cemig para ver como vão resolver”, lamentou. 

Dorisvaldo Alves Felipe estava ainda com o bar aberto e cliente no local, na hora do acidente. “O pessoal estava aqui dentro e assustamos um pouco, porque houve explosões e havia fogo para todo lado, os fios caindo para o lado da pastelaria, mas logo acalmou”, explica, destacando que quando saiu, só viu a caminhonete, que não sabe de quem é. Dorisvaldo também lamenta a demora da Cemig. “Chegaram aqui depois do meio dia, do dia seguinte, demorou muito”. 

Os irmãos Bruno e Brando do Carmo, moradores bem próximos do local, em entrevista  estavam em casa com a mãe, não ouviram o barulho da batida, só ouvira as explosões. “Foram umas três ou quatro explosões, fogo, depois as luzes ficaram piscando e apagou tudo”, contam. O irmão Breno trabalhava na espagueteria Kontchaines, na rua Santa Rita,  quando tudo aconteceu. 

 

“Ouvimos o estrondo e vimos um clarão. No momento pensamos que era relâmpago, as luzes apagaram, acenderam...”. Os irmãos não  sabem se queimou algum equipamento, porque a energia acabou e não voltou. “A Cemig podia ter vindo mais rápido, o acidente aconteceu ontem e chegam agora mais de meio dia, tinha que ser mais rápido o atendimento”, reclamaram.