Uma quadrilha formada por cinco a oito homens fortemente armados de pistolas, encapuzados e com roupas pretas e rosas, de mangas longas, invadiram a residência do casal MB e FJ, através do portão que estava aberto e a porta destrancada, por volta das 0h20. Além do casal, seus filhos, EJ e MEBJ também estavam em casa. Apontando as armas nas suas direções, anunciaram o roubo e perguntaram: “Cadê a dona da Loteria?” - procurando por FJ, que é gerente da EmerLotérica, no centro da cidade.
Identificada, as vítimas foram todas amarradas e deixadas em cárcere privado até que um dos comparsas saiu com FJ, no veículo da própria vítima e dirigiu-se até a Lotéritca, onde efetuou o roubo de R$ 15 mil do cofre da empresa. A residência do casal foi totalmente revirada a procura de objetos valiosos. Todos os celulares das vítimas foram roubados.
O comparsa que saiu com a gerente retornou à residência para deixar a vítima e empreendeu fuga com os demais meliantes, tomando sentido ignorado em um dos carros das vítimas. De acordo com as vítimas, não sofreram agressões físicas. “Eles perguntaram sobre as viaturas da PM local, onde guardavam as caminhonetes utilizadas pelos patrulheiros rurais e, também, que estavam monitorando todo o comportamento dos funcionários da Lotéria e a movimentação do local, inclusive, as rondas da PM no local”, informou uma das vítimas à PM.
Acionado o cerco/bloqueio, a PM local recebeu notícia da PM de Rifaina que o carro roubado estacionou em um dos postos da cidade para abastecer.
Vigilante vê quadrilha, mas não desconfia
Uma mensagem circulou pelo WPP, postada por um vigilante patrimonial, alertando para um provável roubo e cárcere privado, seguido do roubo na lotérica. Resumidamente, diz a mensagem: “...Nessa madrugada, por volta da meia noite, quase uma hora, aconteceu um roubo a mão armada na rua Clemente Marzola, casa do X, pegaram a irmã dele, que trabalha na Lotérica, colocaram ela no seu próprio carro, aquele azul do X e foram na lotérica para roubar. (...)
De acordo com o vigilante, a quadrilha deveria estar monitorando a casa fazia tempo. “Na hora que parei a moto em frente à casa, pra chamar e fechar o portão era o momento que eles estavam todos lá dentro. Inclusive olharam pela janela e me viram lá fora. Eu vi que não saiu ninguém pra fechar o portão, eu fui embora, fui fazer a ronda novamente...”, narrou, sem tomar nenhuma providência, achando que tudo estava normal.
Um dado curioso é que, segundo as vítimas, em dado momento os autores perguntaram onde ficavam guardadas algumas viaturas como a caminhonete da Patrulha Rural da cidade e relataram que estavam observando toda a movimentação da lotérica, dos funcionários e das possíveis atuações da polícia.
No local, segundo o BO, não foi visto nenhum veículo, antes ou durante a ação. A PM acionou cerco bloqueio e foi informada pela Polícia de Rifaina que o veículo havia sido abastecido num posto de combustível da cidade e saíram tomando rumo ignorado.