Junim não é pai dos bebês assassinados

O empresário sacramentano, Matusalém Ferreira Júnior, mais conhecido por Junim, vai ficar livre de um dos agravantes pelos crimes cometidos contra os gêmeos de um mês e meio, Ana Flávia Marquez Gianvechio e Lucas Alexandre Marquez Gianvechio, assassinados em fevereiro último, juntamente com a mãe, Izabella Marquez Gianvechio 22, no meio de um canavial, próximo à cidade paulista de Aramina. De acordo com o exame de DNA, Junim não é pai dos bebês.

A informação foi passada à imprensa esta semana pelo advogado do réu, Marcos Fernandes Jr, depois de ter acesso aos exames que constam do processo que tramita na comarca de Igarapava (SP).  “O exame de DNA feito nos restos mortais dos gêmeos, Ana Flávia e Lucas Alexandre, exumados dia 16 de junho, em cumprimento a carta precatória expedida pela Justiça Estadual de São Paulo, exclui a paternidade de Matuzalém”, afirmou. Informou mais o advogado que “o laudo também exclui a paternidade do acusado de ter executado os crimes, Antônio Moreira Pires, vulgo Pedrão”. 

Nesta sexta-feira 14 estava agendada a oitiva dos réus, que continuam presos preventivamente na Penitenciária de Tremenbé (SP). Os dois acusados serão ouvidos em juízo na comarca de Igarapava, que atende o município de Aramina, onde ocorreram os crimes, em uma audiência de instrução e julgamento, marcada para as 14h. Ao tomar conhecimento da audiência através de citação, o advogado Marcos Fernandes disse que “esta será a primeira vez que os réus serão ouvidos pelo juiz”.

Nessa audiência, o advogado pretende arrolar uma testemunha que pode falar a favor de Junim, provando que os pagamentos feitos pelo empresário a Pedrão foram feitos para custear serviços de mão de obra realizada por ele. “Esta tudo documentado. Nunca houve pagamento para pagar ninguém” - afirmou o advogado.

Informa a fonte desta matéria, Jornal da Manhã, que procurou o advogado Victor Rachid Daher, assistente de acusação, mas este preferiu não se manifestar, pois ainda desconhecia os resultados do exame de DNA. “Ainda não tive acesso ao documento”, justificou Daher, confirmando a audiência e afirmando que estaria presente.