Júlio César Martins Florêncio, 27, mais conhecido por Juninho do Sinomar, está desaparecido desde a tarde do dia 18 de abril. O pai, Assinomar Florêncio dos Santos, 68, procurou a PM no dia 19, conforme BO lavrado às 22h30. Segundo o pai, em declaração à PM, a última notícia que teve do filho é que ele saiu para pescar com um vizinho e não retornou.
Em entrevista ao ET, o Delegado Rafael Jorge informou que diligências estão sendo realizadas no sentido de encontrar Juninho, desmentindo vários boatos que circulam pela cidade sobre sua morte em uma lagoa. Na quinta-feira, o Corpo de Bombeiros de Uberaba esteve na cidade por solicitação do delegado, mas nada foi encontrado na lagoa indicada pela família. De acordo com Rafael Jorge, Júninho tem envolvimento com drogas e diversas passagens por furtos na cidade, tendo sido preso 17 vezes.
Família suspeita de amigo de Juninho
A família de Júlio César, Juninho, residentes no Jardim Primavera, procurou o ET para pedir ajuda e dar a sua versão dos fatos ocorridos a partir do seu desaparecimento, na tarde de sexta-feira, 18.
De acordo com o pai, assinomar, no dia 18, sexta-feira da Paixão, Juninho chegou em casa por volta das 2h30 da madrugada e foi dormir. Entre 14h e 15h, um vizinho e amigo (nome preservado) de seu filho, esteve em sua casa convidando Juninho para uma pescaria. “Os dois saíram de carro. Pouco tempo depois, o amigo dele voltou sozinho, veio aqui em casa e perguntou por Juninho. Eu respondi que o Juninho havia saído com ele. Aí ele falou que Juninho havia descido na mangueira (entrada do Jardim Primavera), dizendo que iria pegar droga com uma pessoa. Só que meu filho desapareceu”, afirma o pai.
O irmão, Ubraion Martins, explica que o amigo ajudou a família a procurar Juninho até o sábado. “Ele nos ajudou nas buscas, depois desapareceu por dois dias. Quando ele apareceu aqui, meu pai contou uma prosa pra ele, quer dizer, pai é pai. Meu pai desabafou e o amigo vizinho sumiu daqui depois desse fato. Para nós, ele é o único suspeito do desaparecimento do meu irmão, porque ele deu três versões diferentes de onde o deixou quando saíram pra pescaria e não sabemos qual é a verdade”.
Segundo Ubraion, eles suspeitaram de um lugar que foi passado para o Delegado, onde os bombeiros fariam as buscas. “Estive nessa lagoa com uns amigos, um local perigoso, muito fundo e os bombeiros vão fazer uma busca. Vivo ou morto, queremos encontrá-lo”afirma o irmão.
Ubraion não esconde o vício do irmão. “Infelizmente, Juninho, desde os 13 anos é usuário de crack, já esteve também envolvido em vários furtos e pegou cadeia, mas ele nunca se envolveu com traficante, nunca sofreu ameaça de ninguém” garante, destacando que tinha grande amizade com o irmão e que este lhe contava tudo.
“- Eu sempre converso com ele. Estive com os amigos dele que vendem drogas e todos se mostraram preocupados. Por causa de drogas não tem nada. Meu irmão sempre usou drogas no meio da praça do Areião ou numa casa abandonada em frente a praça. Todo mundo sabe e o via passar com a lata. Ele foi visto na quinta-feira à noite na praça, inclusive foi abordado pela polícia militar que lhe fez uma busca. Ele chegou mais ou menos por volta das três horas da manhã. Essas pessoas são assim, dormem durante o dia e saem à noite. Ele chegou e só saiu para a pescaria, estava dormindo, quando o amigo o chamou. E a nossa suspeita recai sobre este amigo, porque o meu irmão fez um furto na casa dele e ele não chamou a polícia, não fez BO e aí, veio chamá-lo pra pescar. Pegou 'ele' aqui na porta”.
De acordo com a família, Juninho já esteve internado duas vezes, na primeira ficou um tempo, mas voltou às drogas; na segunda vez, fugiu da clínica. A família informa que Juninho trajava calça jeans, camiseta preta e estava de chinelos e que está careca, pois havia raspado a cabeça. Como saiu para pescar, Juninho não levou nenhum documento e não possui celular. “Nós queremos encontrá-lo vivo ou morto”.