PM em ação

Preso autor do assalto ao vereador José Maria

A Polícia Civil de Sacramento, apoiada pelo grupo de detetives de Conquista, sob o comando do delegado Rafael Jorge prendeu esta semana o autor do assalto e tentativa de sequestro ao vereador José Maria Sobrinho. Trata-se do jovem, Bruno Faria Lopes, 19, de Franca, onde foi preso e transferido para o presídio de Sacramento.

No dia 7 de janeiro último, o vereador José Maria Sobrinho, 49, saía da do prédio da  Câmara Municipal por volta das 18h,  num Honda Civic LX, cor preta, modelo 2004, de propriedade da Câmara, porém sem placas oficiais do Poder Legislativa, de numeração particular, HBU-2707, quando foi abordado e rendido  por um indivíduo desconhecido, que de  arma em punho, anunciou o assalto, afirmando que queria o veículo da vítima. 

No banco traseiro e armado, o autor  ordenou que o então presidente da Câmara  tomasse a direção de Araxá. José Maria disse  que o veículo não tinha combustível suficiente e o autor concordou  que abastecesse em um posto na saída da cidade. No Posto Trevo, diante das bombas de abastecimento, o vereador  abriu a porta e saiu gritando anunciando o assalto e se escondendo entre os veículos estacionados no local. O autor tentou sair no veículo, mas não conseguiu, e fugiu do local, efetuando dois disparos, um deles falhou e o outro alvejou a canaleta de ar de um Gol estacionado no local. Depois de algum tempo, deixou a cidade em um mototaxi que o deixou próximo ao Motel Paradise, onde se escondeu em um cafezal.

O delegado Rafael Jorge, no comando das investigações que culminaram na prisão de Bruno Lopes, disse que ele pertence a um família respeitada de Franca, tinha emprego e carteira assinada e nunca teve passagens pela polícia. “Ele disse que queria entrar para o  mundo do crime. Confessou ser o autor do assalto, que queria um carro aqui e voltaria a Franca para outros assaltos. Ele achou que vindo aqui, levaria o carro e que ninguém iria encontrá-lo em Franca”, narra o delegado.

Ao contrário do que se pensava e especulava na cidade, a Polícia Civil seguiu na investigação até chegar ao jovem Bruno, que foi preso em Franca, graças ao trabalho da equipe de detetives de Conquista comandada por Rafael Jorge. “Seguimos com o trabalho de investigação com minha equipe lá de Conquista e o apoio de Dr. Heli, da Regional de Araxá, e obtivemos êxito. Encontramos o suspeito, pedimos sua prisão e fomos buscá-lo em Franca e já foi reconhecido pela vítima”, conta mais. 

De acordo com o Delegado, o jovem não conhecia o vereador José Maria. “Ele disse que veio a Sacramento uma vez num Carnaval, possivelmente  em 2011. Ele diz que  não tem parentes na cidade e  não conhece ninguém, e que só queria o carro. Ele declarou também  que não conhecia o José Maria, nem sabia que o carro era da Câmara, enfim, disse que não fazia ideia de quem era a vítima”, explica Rafael Jorge.

O delegado informa ainda que, no depoimento, o autor disse que saiu do posto, dirigiu-se a uma borracharia, depois a um bar  de onde chamou o mototáxi, que o deixou num cafezal perto do motel. Lá, ele disse que ficou até por volta da meia-noite e seguiu a pé, até, segundo ele, depois de Rifaina, onde pegou uma carona até Pedregulho e de lá pegou uma Van para Franca”, informou.

Bruno  Faria Lopes encontra-se preso temporariamente no presídio local, mas de acordo com o delegado será pedida sua prisão preventiva.  “A primeira foto que conseguimos  dele durante as investigações é de seis anos atrás, mas com a prisão foi feito o reconhecimento pela vítima e testemunhas e ele confessou o crime. Agora vamos concluir o inquérito e mandar para a Justiça”. 

MP quer apurar denúncia de tortura no presídio 

O Ministério Público determinou instauração de inquérito para apurar denúncias de tortura dentro do presídio por parte de alguns agentes. “São comuns reclamações de presos em relação à tortura, que muitas vezes não são comprovadas, mas em havendo a denúncia tem-se que apurar”, justificou o delegado Rafael Borges que expediu a portaria.

De acordo com o delegado, a ordem veio do Ministério Público que determinou,  na semana passada, que fosse instaurado o inquérito para apurar os fatos. “As vítimas e os agentes envolvidos estão sendo intimados a comparecer para prestar depoimentos e, conforme formos necessitando de mais depoimentos, mais envolvidos serão intimados a depor, até concluirmos o inquérito”, explicou, informando que, assim que o inquérito estiver concluído será remetido ao Ministério Público para oferecer ou não a denúncia.