O ex-policial militar rodoviário do Estado de São Paulo, Ronilson de Melo Neto, 38, foi encontrado morto na sexta-feira, 1º, dentro de seu próprio carro. O corpo do ex-PM foi encontrado num Fiat Strada preto, embrenhado numa mata no município de Sacramento, próximo à usina de Peixotos.
De acordo com o jornal Comércio da Franca, a Polícia Militar de Minas Gerais foi chamada no início da noite de sexta-feira e preservou o local para os peritos do IC (Instituto de Criminalística) que só chegaram na manhã de sábado, arrombaram a porta lateral do veículo e retiraram o corpo já em estado de decomposição.
Pelas circunstâncias em que foi localizado, a polícia suspeita de suicídio. Ao lado do corpo, foram encontradas algumas provas que fundamentam essa hipótese. Entre os objetos está uma carta - cujo conteúdo não foi revelado - mas que, segundo as autoridades, trata-se de um desabafo. “Ele se despede e reclama de algumas coisas e cita algumas pessoas”, disse o investigador Hudson Fiuza, informa o jornal francano.
Ainda conforme o jornal, o ex-PM foi indiciado na semana passada pelo estupro de uma dona de casa de 47 anos, que sofre de uma doença degenerativa. Diz o jornal “o policial informou que, junto da carta, a vítima ainda guardava uma garrafa de aguardente e um exemplar do Comércio da última quinta-feira, 31, cuja manchete noticiava o fim das investigações e seu indiciamento no estupro, que teria praticado em junho do ano passado”.
O investigador disse ainda que, pela aparência do corpo, a morte aconteceu na quinta-feira. O veículo foi encontrado trancado por dentro e com o sistema de exaustão modificado. “Ele tinha uma mangueira ligada no escapamento que chegava até o interior do veículo. Quando chegamos e arrombamos a porta, a chave estava virada na ignição. Provavelmente, o carro ficou ligado até acabar o combustível”.
O corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Araxá (MG). O laudo do médico legista deverá ser concluído em 30 dias. As investigações ficarão por conta da Polícia Civil de Sacramento. Um irmão e um cunhado da vítima foram chamados, para fazer o reconhecimento do corpo, que após os trabalhos de praxe foi liberado e sepultado no domingo, 3, às 9h, em Franca (SP).