Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

PM em ação

Edição n° 1303 - 30 Março 2012

Produtores rurais  cobram, na ALMG,  Ações para garantir segurança na área rural

 

Cerca de 100 produtores rurais das mais diversas regiões do Estado foram ao plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na segunda-feira, 26, onde fizeram uma série de denúncias de roubos de gado, tratores e implementos agrícolas nas propriedades e cobraram ações das autoridades da segurança pública. 

O presidente da Associação dos Sindicatos Ruralistas do Oeste Mineiro (Asrom), José Eder Leite, resumiu a indignação dos agricultores e pecuaristas presentes. Ele disse que a entidade já promoveu várias reuniões, audiências públicas, com fazendeiros e autoridades e nada foi resolvido.

“- Na maioria das vezes, são as mesmas quadrilhas que roubam num lugar e noutro. Já denunciamos essas pessoas e as autoridades não agem. Não queremos mais reuniões; precisamos é de ação!”, exaltou-se, exemplificando que um fazendeiro de Formiga, Ari de Oliveira teve furtadas  580 cabeças de gado e, que  foram  descobertos os autores do furto, mas eles foram soltos depois de poucos dias. Já José Eder pediu aos produtores presentes que levantassem a mão caso tivessem sido vítimas de assalto em suas propriedades.  

O presidente criticou ainda a questão  da Patrulha Rural, que conta com um único veículo. “Como uma única viatura da Patrulha Rural vai dar conta de atuar nas oito cidades atendidas na nossa região?”, criticou, lamentando ainda que a patrulha só trabalha de dia, enquanto os bandidos agem à noite”. Reclamou que muitos produtores rurais estão agindo como investigadores policiais. “Nós levamos as informações para as polícias Militar e Civil e nada acontece”, irritou-se.

Paulo Henrique Fontoura, homem do campo em Capinópolis (Triângulo), ressaltou que vários produtores da cidade financiam a patrulha rural, doando viaturas, rádios e até armas. Apesar disso, sempre que muda o comando da PM, o patrulhamento é paralisado. “Para fazer ronda na zona rural, não tem patrulha. Mas para cobrar cumprimento de legislação ambiental e cometer injustiça contra o produtor, tem viatura nova, Hilux, equipamento e tudo o mais”, reclamou.

Um dos produtores,  Alair Oliveira, sugeriu que sejam criados grupamentos de patrulhas rurais para atender a vários municípios ao mesmo tempo. Diante das queixas, os deputados presentes aprovaram uma série de requerimentos para tentar equacionar o problema. Serão enviados ofícios solicitando providências ao Detel, para que universalize o sinal de telefonia celular nas áreas rurais do Estado; ao governador, para que crie delegacia especializada de segurança rural e também uma força-tarefa com órgãos de Estado da segurança e da agricultura para buscar soluções. Serão também encaminhadas as notas taquigráficas da reunião aos comandos da PM, da Polícia Civil e da Secretaria de Estado de Defesa Social. 

 

Mãe maranhense morre vítima de acidente

 

O pneu traseiro de um caminhão carregado de areia se soltou e matou, por volta das 7h30 da manhã de segunda-feira, 26, a trabalhadora rural maranhense e mãe de quatro filhos, Edna Rosa Costa Gomes, 29, na rodovia BR-050, próximo ao trevo de acesso à cidade de Conquista. Edna morreu no local do acidente, antes da chegada de socorro médico. 

De acordo com aPolícia Rodoviária Federal, o ônibus de trabalhadores rurais quebrou próximo ao Posto dos Eucaliptos, obrigando o motorista a deixá-lo no pátio do estabelecimento. Os passageiros decidiram seguir a pé, pois estavam próximos ao local de trabalho, seguindo às margens da rodovia. Em determinado momento, passou por eles o caminhão MB 1935, ano 1992, cor branca, com placas de Uberaba, carregado de areia, que seguia no mesmo sentido. A roda do veículo se soltou, atingindo em cheio Edna Rosa, que estava entre os trabalhadores. 

Com o impacto, a vítima caiu sem vida no local do acidente, sem que o motorista do veículo percebesse a perda dos pneus. Só alguns quilômetros depois, foi que percebeu a diferença no veículo e constatou a ausência da roda. Ao voltar para procurar, deparou com o acidente, sendo autuado por homicídio culposo, sem intenção de matar.

Entre os familiares, Edna deixou quatro filhos, depois de ter vindo do Maranhão à procura de trabalho.