Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

PM em ação

Edição nº 1205 - 14 Maio 2010

Garrote morre vítima de maus tratos no Parque de Exposição 

 

O cinegrafista, Daniel Augusto Silva, filmou e fotografou uma cena de maus tratos a animais, que culminou com a morte de um garrote que se preparava para entrar na arena. A cena que também chocou outras pessoas foi praticada por peões que cuidam do gado, no momento da entrada e saída dos animais da arena.

Segundo Daniel foram colocados vários garrotes fechados, todos num mesmo brete, uma espécie de curral estreito que dá acesso à arena. “Aí todos começaram a ir em direção da porteira, para entrar na arena, mas a porteira estava fechada. Dois garrotes caíram e os outros começaram a pisoteá-los. Eu estava gravando, fui lá e pedi que eles abrissem a porteira. Em vez de abrirem a porteira, os peões começaram a chutar a cabeça dos garrotes para eles se afastarem. Perguntei se eles queriam matar todos. De novo implorei para abrirem a porteira para os animais saíram pela frente, mas insistiam em ficar batendo nos animais para recuá-los. Resultado, um garrote morreu e o outro ficou lá quase morto”, conta Daniel, que é um dos protetores independentes de animais, na cidade, mostrando o filme de 24 segundos. 

Deixa claro Daniel que a denúncia feita não tem como objetivo desmerecer ou criticar o evento, mas que sirva de alerta à Comissão Organizadora, que atente para esse cuidado, isto é, proibir que tais fatos aconteçam. “Colocar pessoas erradas no lugar errado é isso que acaba acontecendo, como foi a morte do garrote. Para muitos, um garrote não é nada, mas para nós que gostamos e respeitamos os animais, ele representa muito”, ponderou, acrescentando que “muitas pessoas que viram a cena, foram  embora, alguns até chorando. Crianças, adultos, idosos viram a cena. Essa é uma situação, uma cena que poderia ser evitada se eles tivessem aberto a porteira”.

Daniel revela que não tinha interesse de gravar a cena. Tanto que o primeiro pedido feito aos peões para abrirem a porteira não estava gravando. Como não atenderam ao seu pedido e vendo que os animais estavam sendo judiados, foi que ligou a câmara. “Falaram que eu não poderia gravar. Eu rebati e disse que ia filmar para defender os animais, para que no próximo evento isso não aconteça”.

Informados pelo ET, Zezé Manzan e Carlos Miranon prometeram responder às denúncias, mas até o fechamento desta edição não se manifestaram.

 

Agente penitenciários completam dois anos em Sacramento

 

Há dois anos os agentes penitenciários trabalham na cadeia pública da cidade. Os primeiros cinco agentes chegaram a Sacramento no dia 13 de maio de 2008 e esperam agora, que a Suapi assuma de vez o trabalho na cidade. 

São apenas seis agentes, cinco homens e uma mulher que cuidam de 124 detentos, 91 presos fechados, sendo 76 homens, 15 mulheres e 4 menores. Há ainda 33 allbergados, quatro dos quais são mulheres. “É um número pequeno para o tamanho da cadeia, mas felizmente contamos com a ajuda e apoio do Policia Militar no banho de sol, nas escoltas e nas visitas”, explica o coordenador Arnaldo José Barreto, reconhecendo a sobrecarga de serviço.

Mas, apesar do contingente muito reduzido, os agentes conseguiram muitas mudanças na cadeia. “Inserimos o POP - Procedimento Operacional Prisional, ou seja, as normas adotadas pela Suapi, já preparando para a sua vinda para a cidade”, explica detalhando o trabalho: “Ressocialização do preso, ou seja, o preso trabalha em alguma coisa, principalmente artesanato, ele não fica mais ocioso. Implantamos uma hortaliça comunitária dos presos e procedimentos de segurança no dia de visita, a postura para receber visitas, a revista nos visitantes”.

Outra conquista foram os produtos de higiene pessoal. “Temos hoje um depósito de papel higiênico, pastas de dentes, escovas, absorventes, sabão para banho, enfim produtos de higiene pessoal, tudo isso fornecido pela prefeitura, e que são repassados aos detentos à medida que precisam. Antes, as famílias tinham que trazer de casa, ficando os presos sem família privados desses produtos”, diz o agente, reconhecendo que até a revista melhorou. 

“- Os visitantes trazem agora menos coisas para os presos, diminuindo, consideravelmente, a entrada de material ilícito. Podemos dizer que a redução chegou praticamente a zero, é um ou outro. Quando a Suapi assumir isso ficará a cargo do Estado e não mais da Prefeitura”, informa. 

Para Barreto, até que a Suapi assuma, a principal necessidade é o aumento de agentes. “O pessoal está muito sobrecarregado, à noite são 124 presos fechados aqui dentro. E é muito puxada a jornada de trabalho, mesmo nos revezando,  a atenção tem que ser total, a pressão psicológica é muito grande. É isso o que peço até a Suapi assumir”.

 

Políca Ambiental alerta sobre incêndios em lotes urbanos

 

Assim como acontece todos os anos, no período de estiagem, a vegetação fica seca e torna-se vulnerável ao fogo, especificamente aos incêndios criminosos e isso ocorre inclusive no perímetro urbano, sobretudo nos lotes vagos, onde o mato tomou conta. 

Segundo o comandante da Polícia Ambiental, SubTen Celso Aparecido Brait, “os proprietários desses imóveis não têm o dever ou obrigação de construir ou habitar o local, contudo, têm o dever legal de mantê-los limpos, a fim de evitar incêndios florestais, que provocam sérios prejuízos aos moradores da cidade, principalmente à saúde. Além da poluição visual evidente e o fato de essas áreas transformarem-se em verdadeiras moradas de cobras e escorpiões, além de incentivar e proporcionar ocorrências de lixo a céu aberto”

Segundo registros da própria polícia, somente no período de 30/04 a 03/05, foram registradas duas ocorrências de incêndios florestais em lotes e áreas sujas, cujos  donos foram notificados. 

De acordo com o comandante, a Polícia de Meio Ambiente tem atuado nas ocorrências de incêndios florestais em lotes urbanos e, fazendo o encaminhamento para o representante do Ministério Público para adoção das demais providências cabíveis. “Essa medida visa buscar a regularização dos imóveis 'sujos' dentro da cidade, considerando que a prática do uso do fogo contraria disposições legais, com pena de multa e reparação ambiental, dentre outras penalidades”, alerta.

Brait diz que a população pode colaborar com o meio ambiente e auxiliar o trabalho efetivo da Polícia de Meio Ambiente, fazendo suas sugestões e denúncias pelo telefone linha verde 34. 3351-4833 ou pelo e-mail: [email protected]. A identidade da pessoa, que denunciar será mantida no mais absoluto sigilo”. 

 

Para Delegado, presença dos agentes foi muito benéfica

 

O delegado Cesar Felipe Colombari chegou a Sacramento um mês antes dos agentes penitenciários e hoje, reconhece e elogia o trabalho desses profissionais. “Foi muito importante a vinda dos agentes. Cadeia pública sempre foi um problema em termos de procedimentos, geravam muitas ocorrências de tráfico, depredação do patrimônio e nesses dois anos vimos uma  queda acentuada nesses delitos. Isso, graças às regras próprias dos agentes, que são preparados pra cuidar das cadeias. Os presos, querendo ou não incorporaram essas regras, aprenderam que cada conduta negativa ou ilícita tinha anotação que era convertida em falta grave, ele viram que  a permanência deles na cadeia, e o  requisito subjetivo que é o comportamento estava sendo barrado pelos agentes. Tecnicamente, sem dar pancadas, sem violência, os agentes conseguiram controlar o comportamento dos detentos. É um trabalho muito bom o deles aqui”, elogia, esperando que o governador anuncie, domingo, a vinda da Suapi para a cidade.