Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

PM em ação

Edição n° 1217 - 06 Agosto 2010

Ônibus sai da pista e quase cai em ribanceira

 

O motorista do ônibus da viação Laje Tur, placas KOO-0527 de Porteirinha (MG),  perdeu o controle direcional do veículo, numa curva (logo acima do Posto do Tião) na rodovia Araxá-Franca (MG 428), Km 75, às 2h30 da madrugada dessa quarta-feira, 4, saiu da pista, rodou cerca de 100 metros fora da rodovia e chocou-se violentamente contra o barranco de um bolsão, onde ficou preso, prestes a cair numa ribanceira. 

O ônibus ficou com as rodas suspensas e a parte central presa no barranco. A frente do ônibus ficou totalmente destruída com a batida no barranco, o volante e outras peças foram arrancadas. Várias poltronas no ônibus de 50 lugares foram arrancadas e arremessadas com as bagagens contra os passageiros que se sentavam na frente. 

De acordo com Gelson Antônio Lacerda, motorista da empresa, que acompanhava o ônibus dirigindo outro veículo, o ônibus  saiu da cidade de Porteirinha (MG), no norte do estado,  divisa com a Bahia, às 12h00 da terça-feira e seguia para São Paulo com 48 passageiros, cinco delas crianças e dois motoristas.

 Felizmente não houve vítima fatal. O motorista Deilson Antônio Lopes, 33, sofreu fratura de costelas, contusão no abdômen, corte contuso no queixo e perna direita. O outro, José Nilson Nunes Rocha, 37, teve fratura no fêmur, tíbia e traumatismo craniano. Ambos foram encaminhados para o hospital de Araxá, tendo José Nilson sido transferido para Uberaba. Os demais passageiros, encaminhados para a Santa Casa de Sacramento, tiveram ferimentos e fraturas leves. 

No local do acidente, nossa reportagem conversou com Gelson Antonio Lacerda,  motorista da empresa Laje Tur. “Eu estava acompanhando o ônibus, só que vinha noutro veículo. Eu estava saindo de Araxá, quando o pessoal ligou, os passageiros ligaram para a polícia e para mim. Cheguei aqui  em  menos de 30 minutos. O motorista chegou na curva e passou direto. Se não fosse o bolsão, ele desceria no despenhadeiro. Foi por Deus. O que segurou o ônibus foi o barranco do bolsão, o carro ficou preso, senão ia ser uma tragédia”, afirma.

Segundo Gelson, a rota é conhecida dos motoristas a empresa. “Sempre passamos por aqui, uma ou duas vezes por semana, na terça-feira e no sábado,  levando gente pra São Paulo. Sempre fazemos essa rota”, diz, informando que o motorista foi substituído em Patos de Minas. “A gente sempre viaja com dois motoristas e  chega em São Paulo por volta das 11h00 da manhã”, explicou, enquanto vigiava o ônibus com a bagagem. “Outro ônibus vem pegar a bagagem e o guincho vem pra rebocar o ônibus. Não  podemos deixar sozinho...”

O tenente Anderson de Pinho Santos, da Polícia Rodoviária, declarou à imprensa regional, que, segundo o motorista Adeilson, um caminhão invadiu a contramão e ele teve que desviar para que o ônibus não fosse atingido. De acordo com o militar, toda a documentação do ônibus estava correta, mas a empresa não tem autorização para fazer aquela linha, tratando-se, portanto, de ônibus  clandestino. 

 

O susto e o agradecimento pela vida

 

Os passageiros ilesos e os liberados pelos médicos, depois de atendidos na Santa Casa de Misericórdia de Sacramento, retornaram aos seus destinos, com ônibus fretados pela empreas, pór volta das 14h00. Alguns seguiram para São Paulo, em ônibus da viação Crespo Turismo, da cidade de Franca, outros aguardavam  para voltar para  Porteirinha e cidades vizinhas e outros, permaneceram internados. 

A assistência aos passageiros, todos pessoas muito simples,  foi total, conforme eles mesmos declaram. Os passageiros ilesos foram abrigados no Ginásio de Esportes da Escola Coronel  e lá receberam, além da atenção tão necessária nesses momentos, água, café da manhã, refrigerante e almoço, fornecidos pela secretaria de Desenvolvimento Social do município.

O mesmo foi feito para aqueles que iam sendo liberados do hospital. “Fomos muito bem tratados por todos no hospital, foram muitas ambulâncias e polícias trabalhando. A atenção foi total. O atendimento foi ótimo, o pessoal de Sacramento foi maravilhoso com a gente. Foi atendimento especial, graças a Deus. Povo muito bom esse daqui”, reconheceu Gastão Namonier Barros dos Santos, 43, que viajava pela primeira vez nesse horário. “Eu ajudei a socorrer muita gente, só machuquei a perna, mas isso não é nada perto do que passamos”.

Anderson Martins Fernandes, 24, que saiu ileso, conta  que estava indo fazer compras em São Paulo. Sou de  Janaúba, onde embarquei, porque   o ônibus vai passando nas cidades até lotar, vai  pegando  gente. Eu estava cochilando,  de repente o ônibus deu um pulo e foi aquela gritaria. Quando a gente desceu, foi que vimos onde paramos. Fomos salvos por Deus, com certeza. Vivemos de novo”, agradeceu.

Valdeci Antunes Barbosa, Dezinho, 33, de Montezuma, disse que estava acordado e levou um susto muito grande. Não dá pra gente ter ideia do que aconteceu. Estava muito escuro e de repente o ônibus saiu da pista. Foi um apavoramento total, muito grito. E, se o ônibus não parasse ali,  era só Jesus pra nos salvar, mais ninguém”, diz mostrando os cortes nos braços e perna. “Eu, graças a Deus, posso dizer que não sofri nada, isso aqui é nada diante do risco que corremos”. 

Otaviano Alves Batista, 74, que fez a viagem pela primeira vez narra também ao ET o que aconteceu. “Eu estava acordado e, de repente, o ônibus subiu, deu um impacto tipo um pulo, rodou e parou em cima do bolsão. Se não para ali, estaríamos todos mortos, ele teria descido e tombado lá em baixo. As rodas ficaram altas na frente e atrás. Ele travou as quatro rodas. Eu estava na poltrona 29 e as poltronas de trás vieram pra cima de mim. Quebrei a clavícula e minhas pernas ficaram presas. Muita gente gritava, porque estava deitada, os bancos saíram  do lugar e tem gente que feriu bem as pernas. Eles ficavam tentando sair. Foi um desespero muito grande. Até nessa idade, nunca tinha passado por um susto tão grande. Tenho muito a agradecer a Deus. Nessa hora a gente só chama por Deus...”, afirma.

Maria Rosa dos Santos, 74, e o marido de 76 anos, moram em Campinas (SP) e voltam da visita aos familiares no Norte de Minas. “Foi tudo muito rápido, a gente não tem nem tempo de ver o que aconteceu. A gente assusta demais. Ela estava com dores no peito, eu levei uma pancada no rosto e inchou um pouco, fiquei com as pernas presas nos bancos, meu sapato rasgou, mas graças a Deus estamos bem, o mais importante é que estamos vivos”, diz o marido.

Zeferino Evangelista Barbosa, 25, voltava para Campina, onde reside. Fui a Porteirinha visitar os parentes, estou voltando para Campinas e aconteceu isso. Machuquei as costas, chegou a rasgar minha camisa, perdi o sapato, cortei o pé, mas tem gente bem mais machucada do que eu. Agora estamos esperando para ir embora e é essa demora”, diz, contrariado e  reclamando do atraso na saída do ônibus que os levaria para São Paulo, sem dar conta de que um milagre pode ter acontecido na sua vida.

 

Cidade mostra solidariedade com as vítimas 

 

 

Logo que o sargento PM, Luiz Carlos de Freitas, soube do acidente, a cidade de Sacramento, 

mostrou sua solidariedade. Imediatamente, a Polícia Militar mobilizou duas viaturas da Polícia Rodoviária Estadual, dois carros de resgate do Corpo de Bombeiros de Araxá, cinco ambulâncias e quatro viaturas da PM de Sacramento e Conquista, e acorreu ao local.

As secretarias de Saúde e Ação Social e a Santa Casa de Misericórdia também mobilizaram ações de apoio e socorro às vítimas, a partir das 2h30 da madrugada de quinta-feira. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, enfermeiros, médicos, motoristas e ambulâncias do município e da Santa Casa se uniram no socorro. Transportadas até à Santa Casa, os casos mais graves tiveram atendimento imediato e os liberados foram alojados no Ginásio de Esportes da Escola Coronel, cedido pela direção da escola. 

Informou mais a assessoria, que durante todo o dia, a secretaria de Ação Social ofereceu a todos café da manhã e almoço, além do encaminhamento de um ônibus que veio da cidade de Franca para fazer o transporte. “Gostaria de agradecer e parabenizar a todos pelo trabalho que foi prestado às vítimas e, principalmente, pela sincronia entre as secretarias de Saúde e Social e a direção da Santa Casa, além do efetivo trabalho da Polícia Militar. São nesses momentos que percebemos que um trabalho conjunto evolui e pode proporcionar, principalmente, o salvamento de vidas. Estão todos de parabéns! E demos todos, também, graças a Deus, pelo fato de não termos tido vítimas fatais”, agradeceu o prefeito Wesley De Santi de Melo, avaliando o trabalho feito. 

Em entrevista ao jornal ET, um dos passageiros do ônibus, Gastão Namonier Barros dos Santos, 43, declarou.  “Fomos muito bem tratados por todos no hospital, foram muitas ambulâncias e polícias trabalhando. A atenção foi total. O atendimento foi ótimo, pessoal foi maravilhoso com a gente. Foi atendimento especial, graças a Deus. Povo muito bom esse daqui”, reconheceu. 

 


Mário de Jesus é condenado a seis anos em regime semiaberto

 

Dois júris foram realizados esta semana no fórum de Sacramento. No dia 3, o júri de Mário de Jesus Conrado, 25, por tentativa de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, Clebison Ferreira dos Santos, no dia 19/05/2009, na rua José de Castro, no bairro Cervato III. Mário foi condenado pela juíza Letícia Rezende Castelo Branco a seis anos de reclusão, que poderá será cumprida em regime semiaberto. 

Mário está preso há um ano e dois meses e vai recorrer da sentença, através de seu advogado, Sandro Donizete dos Santos. Na promotoria do júri, atuou o promotor titular da comarca, José do Egito de Castro Souza.

Aturam como jurados,  Marcelo Ricardo de Souza, Lúcia Inês Suavinha da Silva, Valéria Aparecida de Oliveira, Antônio Claret Zandonaide Filho, Andréia Aparecida Santana de Rezende, Kirlian Cesar Martins e  Vanderley de Oliveira Camargos, 

José Nilton de Oliveira, 49, foi a júri popular na quinta-feira 25, por tentativa de homicídio contra Jairo Fernandes de Oliveira, no dia 29/06/2006, na fazenda Rios. O júri acatou a tese da advogada de defesa, Geisa Aparecida Augusto Pires Pacheco, de desclassificação do crime, de tentativa de homicídio para o crime de lesão corporal.

Segundo o escrivão, Ivan Gomide, a advogada Geisa Pacheco marcou um fato histórico: é a primeira mulher a atuar no tribunal de júri em Sacramento. 

Por esse motivo, a juíza que presidiu o júri, Letícia Rezende Castelo Branco, deixou de aplicar a pena no plenário do júri e determinou que, após o trânsito em julgado dessa decisão, seja o processo remetido ao promotor para que faça a proposta de suspensão condicional do processo. “É aquela fase em que a pessoa vem ao fórum uma vez por mês assinar sua presença durante o período de dois anos. Isso ocorre porque os jurados reconhecendo essa tese de desclassificação, o julgamento, ao invés de ser feito pelos jurados passa para o júri singular”, explicou o escrivão que trabalhou nos dois júris, Ivan Gomide. 

O corpo de sentença foi composto por Juarez Natal Almeida, Vanderley Oliveira Camargos, Francisco de Assis Loiola, Luciene Silveira Skaff Santana, Denis Fabiano Afonso, Kirlian Cesar Martins e  Silvio Antônio Flores. Atuou como promotor, Vagner Cotrin Volpe Silva, da comarca de Conquista.

 

Estelionatário é filmado na ‘Comercial Estrela’

 

O golpe dado pelo estelionatário, que se passou por Eduardo Gomes de Oliveira, promotor de eventos, com a promessa de trazer à cidade grandes modelos de uma agência de São Paulo, antes de fugir com quase R$ 5 mil em roupas da loja Comercial Estrela foi filmado pelas câmaras de circuito interno da loja. 

Segundo o proprietário da casa, João Bosco Aparecido, todos os movimentos do bandido foram filmados. “Desde a chegada do estelionatário até a sua saída, todos os seus  movimentos foram gravados ao vivo e em cores pelo sistema de monitoramento  que  nossa loja  possui e que já está à disposição da polícia”, disse.

Frisou ainda o empresário a sua preocupação com a segurança. “Segurança sempre foi uma preocupação nossa, as lojas,  Comercial  Estrela e Estrela Veste são monitoradas 24 horas  através de sistema próprio  e, também com empresa especializada.  Estamos convictos de que,  com a ajuda das gravações que possuímos, a polícia vai  por a mão no estelionatário”, concluiu.