Francisco de Assis Teodoro, 47, mais conhecido por Chicão foi atropelado por um camimhão, a 300 metros do trevo da rodovia Araxá-Uberlândia (BR 452), no sábado, 7, por volta das 21h00, de acordo com informações do IML. Francisco foi socorrido pelo próprio caminheiro que acionou o resgate, mas Francisco não resistiu. Após a necropsia, o corpo foi conservado em câmara fria, aguardando identificação, o que só ocorreu 11 dias depois, nessa terça-feira, 17. Trasladado para Sacramento, o corpo de Francisco foi sepultado às 11h00 da manhã da terça-feira. Francisco era filho de Percílio José Teodoro e Adélía Teodoro da Silva (falecida). Separado, Francisco deixa uma filha de 22 anos e um neto de dois.
Família quer saber o que de fato aconteceu
Francisco de Assis trabalhava na fazenda São Basílio, na região da região da Tiborna, onde conheceu na apanha de café uma mulher, de Araxá. Conforme o pai “ele enrabichou com uma mulher e foi atrás dela em Araxá e voltou morto para casa”.
Tudo começou quando, no sábado, 7, Chicão foi para Araxá, tomando o ônibus na rodovia, às 17h00. Naquela manhã, chegou a telefonar para a irmã, Creusa, informando sobre sua viagem. Disse que iria encontrar com uma mulher que conhecera e que na segunda-feira de ônibus com a tal mulher, mas passaria na casa da irmã para saudar uma dívida que tinha com ela.
Creusa diz, ainda, que por volta das 20h00, ela ligou no celular do irmão, mas e ele não atendeu. “Caiu na caixa postal e a partir daí nenhuma chamada foi atendida e nenhum contato foi feito por ele”, informou a irmã.
Nem Chicão nem a mulher retornaram pra fazenda na segunda-feira, nem nos dias seguintes. A mulher, com quem Chicão teria ido se encontrar, só voltou à fazenda na quinta-feira. Ao ser questionada sobre o paradeiro de Chicão, ela contou que recebeu um telefonema dele, da Rodoviária de Araxá, mas quando esteve no terminal para encontrá-lo, Chicão não estava mais lá.
A família preocupou-se. O cunhado Tobias preocupado por Francisco não dar notícias, foi à fazenda na quinta-feira, 12, depois procurou Polícia em Ponte Alta, onde registrou o desaparecimento. Um amigo, de nome Juarez, ia a Araxá e prontificou-se a procurar Francisco, que usava uma camisa vermelha e calça jeans, nos hospitais, na cadeia e no IML.
Preocupada com o sumiço do irmão e sem obter notícias, na última terça-feira, 17, portanto, dez dias depois de sua ida pra Araxá, Creusa pediu ao marido, Antônio Carlos Ribeiro da Silva, conhecido por Tobias, que fosse até a fazenda S. Basílio buscar notícia. Não encontrando o cunhado e sem informação nenhuma do proprietário da fazenda, nem dos amigos de Chicão, Tobias foi até Ponte Alta e fez um Boletim de Ocorrência, narrando à PM a história de seu desaparecimento.
Através da PM, a notícia chegou até Araxá, e, graças a um amigo que buscou informações junto a hospitais e na cadeia pública, Chicão foi encontrado no IML, e reconhecido depois pelo cunhado Tobias. Estava depositado em câmara fria aguardando um possível reconhecimento. Ele estava lá desde madrugada do dia 7.
Quando viajou, no sábado, 7, Chicão levou uma sacola com peças de roupas, o dinheiro do mês, cerca de R$ 1 mil e mais R$ 200, 00, que pegou adiantado com o patrão, documentos pessoais e um aparelho celular. Nada disso foi encontrado, apenas o relógio de pulso estava com ele.
Ainda de acordo com a família, antes de acontecer o acidente, a PM de Araxá teria sido comunicada que uma pessoa, supostamente bêbada, estaria perambulando, desnorteada pela rodovia. Segundo a família, Chicão era acostumado a viajar e ninguém sabe ou deduz o que ele estaria fazendo na rodovia. Para a família, a tal mulher com quem Chicão 'enrabichou' tem mais histórias a contar.