Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Em um ano, sacramentano consumiu 42 milhões de litros de água a mais

Edição n° 1222 - 10 Setembro 2010

Em apenas um ano, o consumo de água da cidade aumentou 42 milhões de litros de água. A informação foi prestada pelo secretário Osny Zago, do SAAE, afirmando que, no mês de agosto de 2009, o consumo de água na cidade foi de 113 milhões de litros, já em agosto deste ano o consumo pulou para 116,5 milhões. “Se fizermos a média anual, o aumento foi de 42 milhões de litros”, afirmou, preocupado. 

Na última quarta-feira, 8, autoridades responsáveis pelo serviço de abastecimento de água das cidades de Uberaba, Nova Ponte, Uberlândia e Sacramento, reuniram-se no Paço Municipal para discutir  sobre a preservação dos rios Uberaba, Claro e Bom Jardim e estudo de uma Carta de Intenções,  garantindo a preservação de seus mananciais. 

Já agendada para o início de outubro, os membros do comitê se reúnem novamente em Uberlândia para a aprovação da carta.

 

Seca começa afetar abastecimento na cidade

 

O secretário Osny Zago, falando ao ET, reconhece que esse ano foi de poucas chuvas no município, principalmente a partir de abril e a  forte seca que assola o município começa a afetar o abastecimento de água. “Estamos assustados porque o nível dos poços artesianos baixou muito. Estamos com problema de abastecimento no Quenta Sol, aqui na cidade vários bairros como o alto do Skaff, parte do Rosário e do Perpétuo Socorro, parte do Maria Rosa e Morada do Sol, também estão  com problemas no abastecimento e tudo isso porque o nível baixou e, principalmente, porque o consumo está muito elevado”, justifica.

De acordo com o secretário os moradores estão utilizando a água para atividades que não são essenciais, principalmente, na irrigação de plantas, lavação de pátios e passeios das casas. “Tudo isso contribui para o desabastecimento”, explicou, exemplificando com o aumento do consumo no bairro Skaff. “Constatamos que em relação a agosto do ano passado, com apenas 18 casas  a mais, o consumo aumentou 1 milhão e 700 mil litros”, revelou. 

Para Osny, além do desmatamento, o fim dos  cerrados e o incremento do plantio da cana, as mudanças climáticas fazem parte de ciclos que acontecem naturalmente a cada sete a dez anos. “Mas, agora, infelizmente, o homem tem  interferido muito nesse ciclo, com os desmatamentos, que vão deixando a terra  desprotegida e ela absorve mais calor e as queimadas que criam bolsões de ar quente em determinadas regiões e com isso a  massa de ar frio que traz a chuva não consegue vencer o bolsão de ar e por isso elas desaguam noutras regiões provocando danos, porque é uma grande quantidade de chuva para uma região pequena”. 

A respeito do abastecimento dos moradores da região do seminário e no loteamento Flamboyant, Osny justificou que já foi construído um reservatório para servir esses logradouros, do lado de cima da Casemg, com água bombeada  do CTRD, próximo ao parque de exposições. Tudo está pronto para a ligação até o Rosário e o Flamboyant,  através de um convênio com o empresário Mário Almeida – Basinho, proprietário do loteamento Flamboyant, no valor de R$ 90 mil. Mas devido a uma ação ambiental naquele loteamento, já quase solucionada, a obra atrasou. No próximo ano vamos estender essa rede até o Perpétuo Socorro, porque pelo centro da cidade não dá mais para passar”, explicou.

Depois de mais de 100 dias de estiagem, uma chuva amena chegou na noite do feriado de 7 de Setembro,  adentrou a madrugada e refrescou a cidade, que sofria com a baixa umidade do ar e o forte calor. Mas de acordo com o secretário, as previsões não são muito otimistas. “Segundo dados do SAAE, vamos ter água para  molhar a terra e carregar lençóis, só a partir de 17 de outubro, assim sendo só a partir de meados de novembro é que os córregos e poços vão estar recuperados”, informou o secretário.