Ao defender a dona de casa do ex-marido, Raimundo Nonato, o jovem Cristiano Cruz da Costa, 23, morreu na rua Juvenal Bizinoto, no bairro Cajuru, no dia 4, por volta das 15h30, com duas facadas em seu corpo desferidas por Nonato, que fugiu da cidade tomando rumo ignorado.
De acordo com o BO, a PM foi acionada com informações de que no local havia uma briga e um dos envolvidos havia sido ferido por faca. Quando a PM chegou ao local, Cristiano já estava morto, caído num corredor lateral de acesso aos fundos do imóvel.
Cristiano é morto a facadas
Cristiano Cruz da Costa, 23, morreu na rua Juvenal Bizinoto, no bairro Cajuru, no dia 4, por volta das 15h30, após ser esfaqueado por Raimundo Nonato Cruz da Silva, quando tentava separar uma briga entre ex-marido e mulher. De acordo com o BO, a PM foi acionada com informações de que no local havia uma briga e um dos envolvidos havia sido ferido por faca. Quando a PM chegou ao local, Cristiano já estava morto, caído num corredor lateral de acesso aos fundos do imóvel.
A mulher envolvida na briga, Maria José Paixão dos Reis, 27, contou ao delegado Cezar Felipe Colombari da Silva que o autor, seu ex-amásio, Raimundo Nonato, chegou em sua residência e por motivos ignorados passou a agredi-la causando escoriações nos braços e nas pernas e que Cristiano interferiu pedindo que parasse as agressões.
Uma das testemunhas contou que viu quando o ex-amásio pegou a faca e foi ao encontro de Cristiano, que estava armado com um podão. A testemunha disse que tentou interferir pedindo que parassem a discussão, porém percebendo que os ânimos estavam exaltados, se afastou e viu quando Raimundo desferiu golpes de faca em Cristiano, e evadiu-se a pé correndo pelo bairro Cajuru.
A perita Renata, da Polícia Civil de Araxá, tomou as medidas de praxe e constatou duas perfurações na vítima. A mulher agredida foi conduzida ao pronto socorro, onde foi atendida e liberada pelo médico de plantão.
Após a liberação pelo IML, o corpo de Cristiano foi transladado para a sua terra natal, no norte de Minas, através de providências tomadas pela empresa em que trabalhava.
O autor Raimundo Nonato da Cruz da Silva, 26, encontra-se foragido.
Ameaças frequentes
Em depoimento na Delegacia, Maria José contou que estava separada de Raimundo há três meses e que várias vezes ele tentou a reconciliação. Disse que nesse período Raimundo a agrediu várias vezes e que sofria ameaças de morte, durante o tempo em que viveu com ele.
No dia do fato, ela estava em casa com a filha e conversando com Cristiano, que dizia que iria ajudá-la a voltar para o Maranhão. Afirmou ao delegado que Raimundo chegou 'do nada', pegou-a pelos cabelos, dando-lhe socos na cabeça, nas costas, jogou-a contra a parede do corredor, deu-lhe um soco no rosto, suas vistas escureceram e quando recobrou os sentidos, Cristiano já estava caído no corredor de acesso à casa da irmã onde mora 'de favor'.
A testemunha V.A.R., diz que Raimundo é seu concunhado e que frequentava sua casa. Segundo V., no dia do fato, ele estava deitado, quando Raimundo entrou em sua casa e apoderou-se de uma faca. Ele saiu e ao entrar no corredor encontrou Cristiano com um podão e o cunhado com a faca. Segundo V., ele falou para os dois pararem de brigar e que Cristiano chegou a desarmar os braços e Raimundo provocando-o. Cristiano jogou o podão, sem força, em direção a Raimundo, que partiu para cima. Segurou Cristiano pelos ombros e com a outra mão, ficou estocando a barriga de Cristiano com a faca.
V. disse ainda que ficou no corredor, observando Cristiano agonizar e morrer e só aí soube que Cristiano tentara separar a briga de Raimundo e Maria José.