Além do araxaense Romeu Zema, candidato a Governador, o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que lançaram mais de 100 candidatos, elegeram 13 deputados, sete para a Câmara Federal e seis para a Assembleia Legislativa.
Deputados estaduais: Foram eleitos, Hely Tarquinio (Patos de Minas), para o sexto mandato; deputado Bosco (Araxá), terceiro mandato; Elismar Prado, Leonídio Bouças e Luiz Humberto Carneiro (os três de Uberlândia); Raul Belém (Araguari) e o estreante, delegado Hely Grilo (o único de Uberaba).
O sacramentano Danylo Silva foi o majoritário na cidade com 2.847 votos e, no Estado, 3.258 votos.
Deputados Federais: Foram eleitos, o estreante Franco Cartafina (Uberaba); Welliton Prado (Uberlândia); André Janones (Ituiutaba); Zé Silva (Iturama); Greyce Elias (Patrocínio) e Zé Vitor (Araguari).
Da região, alguns nomes tradicionais da política mineira, muito conhecidos dos sacramentanos, não foram reeleitos para a Câmara Federal. Ficaram de fora: Adelmo Carneiro Leão (43.076), Aelton Freitas (54.704), Caio Nárcio (40.832), Tenente Lúcio (51.555). O vice-governador Antônio Andrade (39.037 votos), que buscava vaga na Câmara, obtendo 1.334 votos em Sacramento, também não foi eleito, assim como Gilmar Machado (42.923 votos) e Silas Brasileiro (27.326 votos), dentre outros.
Também não conseguiram se reeleger os deputados estaduais: Antônio Lerin (21.232 votos), Tony Carlos (26.249 votos), Arnaldo Silva (47.711 votos), Zé Maia (44.678 votos), Professor Neivaldo (22.924 votos) e Felipe Atiê, que buscava vaga para federal, obteve 30.120 votos.
Na região foram mais de 100 candidatos entre deputados federal e estadual: Uberlândia concorreu com 58 candidatos; Uberaba com 32, Patos de Minas com 9, Araxá com 10, Araguari com 9, Ituiutaba com 9 candidatos.
A miscelânea de partidos criados acabou contribuindo para dividir os votos. Dividiu muito e elegeu poucos. Outro fato marcante foi a decisão do eleitor de renovar as casas, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, com novos nomes, assinalam uma das maiores renovações já ocorridas na história do Legislativo.
ALMG tem renovação de 40,25%
A partir de janeiro de 2019, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) terá quase a metade renovada. Dos 77 deputados da casa mineira, dos quais 63 tentaram reeleição, 31 são novos parlamentares e 46 reeleitos. Oito deputados se candidataram a deputado federal e um a senador. O presidente da Casa, deputado Adalclever Lopes, foi candidato a governador do Estado pelo PMDB e não foi eleito, obtendo 2,77% dos votos. Houve, portanto, uma renovação de 40,25%, com 100% das urnas apuradas.
Aumentou também o número de mulheres na ALMG, passando de 6 para 10: Beatriz Cerqueira (PT) com 96.824 votos, a oitava mais votada no Estado; Delegada Sheila (PSL), 80.038 votos; Marília Campos (PT), 71.329 votos; Rosângela Reis (Pode), 70.040 votos; Ione Pinheiro (DEM), 55.634 votos; Celise Laviola (MDB), 57.362 votos; Leninha (PT), 51.407 votos; Laura Serrano (Novo), 33.813 votos; Ana Paula Siqueira (Rede), 23.371 votos e Andreia de Jesus (PSOL), com 17.689 votos. Das atuais deputadas estaduais, Arlete Magalhães (PSDC) e Geisa Teixeira (PT) não conseguiram se reeleger.
A nova legislatura (19ª) contará com oito novos partidos na ALMG, totalizando 28 agremiações, sete a mais que a atual. Oito legendas que não tinham nenhum parlamentar estadual conquistaram representação, e o PTC perdeu a única vaga que tinha na Casa. O PSL foi o que mais cresceu, tinha uma cadeira e agora contará com seis deputados eleitos. O MDB foi o que mais perdeu, a metade das vagas. O partido, que tinha 14 cadeiras, elegeu apenas sete deputados. O PT conquistou duas vagas, tinha 8 e agora vai para 10.
Câmara Federal tem renovação de 52%
A renovação na Câmara Federal foi ainda maior do que a da Assembleia Legislativa mineira. São 52% de novos deputados federais. É o maior índice de renovação dos últimos 20 anos, informa a pesquisa. Esse percentual só foi ultrapassado na eleição de 1990, quando o índice foi de 62% e, em 1994, quando a renovação foi de 54%.
Dos 513 deputados federais atualmente em exercício, 407 deputados concorreram à reeleição, dos quais 246 foram reconduzidos ao cargo. A partir de 1º de janeiro, a Câmara dos Deputados será composta por 513 deputados de 30 partidos, dos quais 267 serão estreantes.
PT e PSL elegeram o maior número de representantes. Dono da maior bancada na atual legislatura, o PT encolheu de 69 para 56, já o PSL passou de 1 para 52 deputados. MDB e PSDB foram os maiores derrotados. O MDB foi o partido que mais perdeu cadeiras, caiu de 66 eleitos em 2014 para 34 eleitos em 2018, já o PSDB caiu de 54 para 29. Considerando os números de 2014, apenas o PRTB não elegeu nenhum deputado em 2018.
A partir de 2019, a composição da Câmara contará com representantes de 30 partidos, um recorde desde a redemocratização.