Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Deputados aprovam relatório e livram Temer do STF

Edição nº 1582 - 04 de Agosto de 2017

263 deputados barraram o andamento da denúncia de Rodrigo Janot que acusa Temer de corrupção passiva

Reunião tensa na Câmara Federal nessa quarta-feira 9, na votação do relatório do deputado Abi Ackel (PMDB) que recomendava o arquivamento da denúncia proferida contra Michel Temer pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Foi este o resultado: Dos 513 deputados, 263 votaram a favor do relatório; 227 disseram não; 2 abstenções e 19 deputados não compareceram. O governo precisava que ao menos 172 congressistas votassem pelo arquivamento. 

Com o resultado, o plenário da Câmara impediu o Supremo Tribunal Federal (STF) de avaliar a abertura de uma ação que afastaria o presidente por até 180 dias para julgamento. Para que o Supremo ficasse autorizado a analisar a denúncia eram necessários, no mínimo, 342 votos do total de 513 deputados.

Temer foi acusado por Janot de ser destinatário de propina negociada entre o dono da JBS, Joesley Batista, e o ex-deputado, Rodrigo Rocha Loures, indicado por Temer como seu interlocutor para resolver questões da empresa junto a órgãos públicos, de acordo com conversa gravada pelo empresário.

 

Loures, por sua vez, foi gravado depois recebendo uma mala de R$ 500 mil, mas a defesa de Temer nega que o presidente tenha dado aval a esse pagamento ou fosse se beneficiar dele. Aliados do peemedebista, têm ressaltado também que a Procuradoria não realizou o monitoramento do destino da mala, de modo a provar que ela iria para Temer.

Trem da Alegria 
Nas últimas semanas, o governo reforçou o vínculo com os membros da base aliada ao aprovar propostas e liberar emendas - o Palácio do Planalto nega, porém, ligação entre essas ações e os votos dos deputados. As emendas parlamentares são adendos incluídos por congressistas no orçamento da União, geralmente prevendo investimentos em suas bases eleitorais, como a construção de estradas e reforma de hospitais, etc.
O site da BBC Brasil revelou que boa parte dos deputados que votaram a favor de Temer na CCJ foram beneficiados com o empenho (promessa de pagamento) de emendas parlamentares. Nas duas primeiras semanas do mês de julho, o volume de recursos empenhados para Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), autor do parecer favorável ao presidente, dobrou de R$ 5,1 milhões para R$ 10,1 milhões. 
Na contramão, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), o primeiro relator da denúncia de Janot, que havia recomendado a continuidade da análise da denúncia Supremo Tribunal Federal (STF), mas perdeu na CCJ, não teve nenhuma parcela de sua cota liberada.
Diz o site que nos dados compilados pelo Siga Brasil considera o volume de recursos empenhados até 6 de julho e, depois, em 19 de julho. Foi entre uma data e outra que a comissão rejeitou a denúncia contra o presidente.
A denúncia votada nessa quarta-feira ficará paralisada na Justiça até que Temer deixe a Presidência da República, quando o caso pode voltar a ser analisado pelo Judiciário. Segundo a Constituição, quando um presidente é acusado por um crime comum, o julgamento deve ocorrer no Supremo, mas o processo só poderá ser aberto se a Câmara autorizar. (Fonte: BBC Brasil – Redação ET)
Como votaram os deputados mineiros
Os deputados federais mineiros, com uma bancada de 53 deputados ficaram divididos na votação sobre aprovar ou não o parecer do deputado Abi Ackel (PSDB), que recomendava o arquivamento da denúncia do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, para que o STF (Supremo Tribunal Federal) afastasse Temer por até 180 dias para julgamento. Para que o Supremo ficasse autorizado a analisar a denúncia eram necessários, no mínimo, 342 votos do total de 513 deputados. Veja abaixo a lista e o voto de cada um dos deputados mineiros
Votaram Sim
Ademir Camilo (Pode)
Aelton Freitas (PR)
Bilac Pinto (PR)
Bonifácio Andrada (PSDB)
Brunny (PR)
Caio Nárcio ((PSDB)
Carlos Melles (DEM)
Dâmina Pereira (PSL)
Delegado Edson (PR)
Diego Andrade (PSD)
Dimas Fabiano (PP)
Domingos Sávio (PSDB)
Fábio Ramalho (PMDB)
Francklim (PP)
Jaime Martins (PSD)
Leonardo Quintão (PMDB)
Luiz Tibê (PTdoB)
Luiz Fernando (PP)
Marcelo Aro (PHS)
Marcos Montes (PSD)
Marcos Pestana (PSDB)
Mauro Lopes (PMDB)
Mizael Varella (DEM)
Newton Cardoso Jr (PMDB)
Paulo Abi Ackel (PSDB)
Raquel Munis (PSD)
Renato Andrade (PP)
Renzo Braz (PP)
Rodrigo de Castro (PSDB)
Rodrigo Pacheco (PMDB)
Saraiva Felipe (PMDB)
Tenente Lúcio (PSB)
Toninho Pinheiro (PP)
Zé Silvaa (SD)
Votaram Não
Adelmo C. Leão (PT)
Eros Biondini (PROS)
Gabriel Guimarães (PT)
George Hilton (PSB)
Jô Moraes (PCdoB)
Júlio Delegado (PSB)
Laudívio Carvalho (SD)
Leonardo Monteiro (PT)
Lincoln Portela (PRB)
Luzia Ferreira (PPS)
Marcelo Álvaro (PR)
Margarida Salomão (PT)
Padre João (PT)
Patrus Ananias (PT)
Reginaldo Lopes (PT)
Stefano Aguiar (PSD)
Subtenente Gonzaga (PDT)
Weliton Prado (PMB)
Outros
Eduardo Barbosa (PSDB) - Ausente
Rodrigo Pacheco (PMDB) - Absteve-se
(Fonte: O Tempo)