Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Prefeito Bruno não é candidato à reeleição

Edição nº 1528 - 29 de Julho de 2016

A notícia chegou pelas redes sociais, mas sem nenhuma expectativa contrária. No burburinho entre as lideranças políticas da cidade, o fato era esperado. Em entrevista em seu gabinete na Prefeitura Municipal, nessa segunda-feira 25, o prefeito Bruno Scalon Cordeiro confirmou ao ET que não seria mesmo candidato. O nome apontado e aceito pelo grupo foi o do contador, José Rodrigues Borges, ex vice-prefeito na gestão de Joaquim Rosa Pinheiro, 93/97.
O prefeito Bruno Cordeiro (PSD) vem de dois mandados de vereador venceu as eleições de 2012, numa coligação de seis partidos, contra quinze dos adversários, encabeçados por Wesley De Santi de Melo, Baguá, então candidato à reeleição. Uma vitória apertada, com uma diferença de 850 votos, que se resumem em 425 para cada lado e uma diferença de 5,4,%. Questionado por que não concorreu, deu a seguinte resposta:
“- A decisão de não concorrer à reeleição é pessoal, que eu tirei com minha família, com algumas lideranças políticas e com os próprios companheiros da coligação com quem conversei.  Mas  eu sempre  me coloquei à disposição do partido, até pelo fato de estar como prefeito eu seria o candidato natural. Com essa decisão, talvez eu até tenha inovado um pouquinho em relação aos três últimos prefeitos, Biro, Joaquim e Baguá que concorreram à reeleição, mas na verdade foi uma decisão muito pessoal.
Venho de uma trajetória de trabalho voluntário junto a instituições na cidade desde os 18 anos, participando das diretorias de  entidades diversas. E na política também não foi diferente. Disputei três eleições na rua, por assim dizer, duas para vereador, uma delas como o mais votado. Fui eleito presidente da Câmara, vice-presidente e secretário. Ocupei a Casa Civil em Belo Horizonte, com o então governador, Antonio Anastasia, uma pessoa que admiro muito e com quem muito aprendi, inclusive tive, recentemente, uma conversa com ele em Brasília sobre a reeleição. Ao retornar de BH fui candidato de uma coligação formada por cinco partidos e fui eleito prefeito em 2012.
Foram três eleições disputadas nas ruas e três vitórias, sem contar as eleições internas. São seis eleições em 12 anos, então, chega um momento em que a pessoa precisa olhar o cenário como um todo, a própria situação política e econômica que o país está vivendo. Tive a alegria e a honra de me assentar nessa cadeira de prefeito.
Aquela citação bíblica é muito verdadeira “Deus não escolhe os preparados, mas prepara os escolhidos”. Então, considero que foi uma preparação de vida, esses quatro anos na cadeira de prefeito.
E recordo muito da tia Heigorina Cunha, quando fui visitá-la, ainda na incerteza da candidatura passada, quando ela me disse: 'Meu filho, vá cumprir a missão que seu avô um dia começou'. Eu senti ali um chamado para uma missão. E quebramos um outro tabu, que era a coligação do PFL, hoje o DEM, com o PT, antigos adversários, ferrenhos, e que nos indicou o Geraldo como vice.
Nesses quatro anos tive a alegria de conviver saudavelmente com todos do PT, secretários, diretores gerais, enfim todos.  E, só tenho que agradecer a todos os partidos”.

 

Indicação do sucessor nasceu de consenso

De acordo com o prefeito Bruno, a decisão pelo nome de José Carlos Rodrigues Borges (foto) foi tirada de um consenso numa reunião com a presença de representantes dos dez partidos da atual coligação. “Quando nos sentamos para avaliar o melhor nome para disputar o pleito, nessa atual situação política, econômica, muitos nomes foram colocados na mesa, inclusive o meu. Mas eu, pessoalmente, apesar da indicação por parte de nove partidos da nossa coligação, eu achei por bem não disputar a reeleição, abrindo espaço para que outros nomes pudessem ser colocados à disposição da política, da sociedade e, por coalizão e consenso, indicaram o nome do Dr. José Carlos Rodrigues Borges, que já foi vice-prefeito. O candidato a vice ainda estamos conversando com outros partidos que possivelmente poderão vir fazer parte dessa coligação”. Ao aceitar a indicação para concorrer ao pleito de outubro próximo, em entrevista ao ET, José Carlos disse o seguinte: “A sociedade brasileira clama por mudanças, especialmente na valorização do dinheiro e patrimônio público. Assim, com esses ideais de seriedade e responsabilidade, aceitei o convite do nosso grupo político, lógico, primeiramente com apoio de meus familiares, para concorrer às eleições como candidato a Prefeito Municipal de Sacramento”.