Imagine a 'área azul' de Sacramento funcionando nos seguintes logradouros públicos: Praça Getúlio Vargas; avenidas Visconde Rio Branco, Benedito Valadares, Capitão Borges, Coronel José Afonso e Cônego Julião Nunes; ruas Antônio Carlos, Capitão Ferreira, Major Lima, Clemente Araújo, São Pedro, Padre Pedro, Doutor Onofre, Cristo Rei e Praça do Tempo (Rodoviária).
É a proposta do presidente da Câmara, Mateus Pereira, em anteprojeto apresentado em plenário na reunião do último dia 2. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, o presidente lamentou o desinteresse dos colegas de Câmara, que não se deram ao trabalho de conhecer o anteprojeto apresentado. “Durante e a audiência pública realizada na última quinta-feira 9, o que mais chamou atenção foi que os demais vereadores desconheciam o anteprojeto”, comentou a assessoria.
“Infelizmente, ninguém se atentou ao anteprojeto que apresentei no dia 2 de março aqui no Plenário. Poderíamos estar um passo à frente, mas o que vale foi à intenção e principalmente fazer brotar a ideia, para que possamos amadurecê-la e, quem sabe, melhorar as vias de estacionamento do centro da cidade”, destacou o presidente, comentando a Audiência Pública, que tinha como objetivo prestar esclarecimentos sobre a implantação da Área Azul, que visa equacionar o estacionamento no centro da cidade.
Juny Júnior Guimarães, diretor da empresa Pare Fácil, foi quem fez a explanação de como seria o funcionamento do sistema em Sacramento e como funciona nas cidades onde já foi implantado. A sua explanação desagradou os presentes, principalmente no que diz respeito à aquisição de créditos para estacionar e a terceirização para a execução do sistema.
O promotor de justiça, José do Egyto de Castro Souza, discorreu principalmente sobre as críticas existentes ao sistema da empresa Pare Fácil e sobre a fiscalização da arrecadação do sistema e do problema com as multas.
Vendo que o projeto causou na maioria dos presentes um certo descontentamento, o presidente da casa e autor do anteprojeto, lembrando que o lucro arrecadado seria destinado a instituições filantrópicas, deixou claro que o intuito era a discussão da viabilidade do sistema e as adequações ao anteprojeto, para que chegue ao prefeito, de forma que atenda aos anseios do comércio e de toda a população.
Outro ponto destacado pelo presidente foi de que toda arrecadação poderia ser destinada a entidades sociais da cidade.
Pela complexidade e importância do projeto, os vereadores Rafael Cordeiro e Marzola, acreditam que o projeto deve ser discutido ainda mais. O vereador Pedro se declarou contra a proposta apresentada pela empresa terceirizada, mas defendeu as intenções do presidente, em relação ao lucro que seria destinado às entidades.