O deputado federal petista, Reginaldo Lopes, apoiado em Sacramento pela ala do partido liderada pelo ex-prefeito Nobuhiro Karashima e vice-prefeito Geraldo Magela, esteve em Sacramento na última segunda-feira, para falar sobre a reforma do Ensino Médio. Presidindo na Câmara Federal a Comissão Especial para Reforma do Ensino Médio, o deputado apresentou com os membros da comissão o Projeto de Lei (PL) 6840, de 27 de novembro de 2013, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).
O PL, que tramita nas comissões técnicas, estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional, para instituir a jornada em tempo integral no ensino médio e dispor sobre a organização dos currículos do ensino médio em áreas do conhecimento: 1 - Linguagens, reunindo as disciplinas de línguas portuguesa, materna para populações indígenas e estrangeira moderna; arte, em suas diferentes linguagens (ciências, plásticas e musical) e educação física. 2 - Outro bloco é Matemática, sozinha. 3 - Há também o bloco Ciências da Natureza que reúne biologia, física e química. 4 - Outro é Ciências Humanas, que abrange as disciplinas de história, geografia, filosofia e sociologia.
‘‘O Ensino Médio faliu”, afirma deputado
Em entrevista ao ET, Lopes declara que “estamos discutindo com a sociedade, porque o modelo pedagógico que temos hoje, para o ensino médio brasileiro faliu. Ele cumpriu muito bem o seu papel no passado, mas hoje não atende mais aos anseios dos jovens brasileiros nem ao país. O ensino médio deve dar ao jovem uma formação mais profissionalizante, inserindo-o no mundo da pesquisa.
A proposta é uma reforma moderna, que acaba com o conjunto de matérias obrigatórias, mas fragmentadas, que não dialogam entre si, teríamos um ensino médio organizado em quatro áreas do conhecimento, as mesmas áreas do Enem: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagem e Matemática, que priorizam a interpretação em vez da memorização, formando cidadãos mais plural, mais reflexivos”, informa, destacando que a proposta é resultado de um estudo, um debate de dois anos.
De acordo com o deputado, pela proposta, o aluno é que vai definir a sua grade. “O aluno vai escolher o seu currículo, se ele quiser mais matemática, ele vai ter mais matemática e assim sucessivamente. o estudante terá um protagonismo maior”, afirma.
A proposta, além das quatro áreas do conhecimento, prevê ensino integral diurno com sete horas; ensino noturno diferenciado e novo Educação de Jovens e Adultos (EJA); Enem como componente obrigatório do Ensino Médio e permitirá a universalização do acesso ao ensino integral; estímulo para a escolha da profissão; transversalidade do ensino com empreendedorismo, prevenção ao uso de drogas, etc.