O governo Antônio Anastasia anunciou nesta segunda-feira (23),além de um reajuste linear de 5%, já a partir de outubro, também que o Estado vai “descongelar” a carreira da categoria a partir de 2014, dois anos antes que o previsto na legislação – a Lei Estadual 19.837, de 2012, que congelou os pagamentos por quatro anos. Para os professores, no entanto, a proposta é incompleta.
O anúncio é parte de uma longa negociação entre o governo e a categoria, depois de um grupo de professores permanecer acampado no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador desde o último dia 30 de agosto. Mas o anúncio não colocou fim à insatisfação dos professores. Eles alegam que o descongelamento será parcial. Isso porque só há previsão para o pagamento da progressão anual da carreira por desempenho, e não aquela por escolaridade. Além disso, o acréscimo será de 2,5%, abaixo dos 3% pagos até o ano de 2012.
“- Antes o servidor tinha direito a 3% por tempo de serviço, não somos a favor de baixar. O governo diz que está antecipando o pagamento da progressão. Ele não está antecipando. O que ele estava fazendo era sonegar um pagamento a que temos direito”, argumentou a presidenta do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.