Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

José Alberto elogia projeto defendido por Devós

Edição n° 1309 - 11 Maio 2012

O ex-prefeito José Alberto Bernardes Borges elogiou o contador Luiz Devós, pela retomada do projeto que prevê a ligação, através de uma avenida, do Trevo Santo Antônio até a rotatória da  praçaHomilton Wilson, projeto idealizado pelo próprio José Alberto, quando prefeito, nos anos 90, em sua última gestão. “Quero cumprimentar Luiz Devóspelos seus artigos. Ele é  uma pessoa que tem os pés no chão e conhece muito de administração pública, de economia e finanças”, elogiou. 

Falando sobre o projeto da nova avenida, disse o ex-prefeito, que governou a cidade por três gestões: “Luiz falou de um desejo meu, que era ligar o trevo da MG-190 e a rotatória do Santo Antônio à praçaHomilton Wilson, início da avenida Capitão Borges, ali em frente à maquina dos Loyola. No meu último governo, cheguei a conversar com o Anésio, pai do prefeito  Wesley, porque o seu Benedito, pai dele, morava numa casa ali”, recorda. 

José Alberto cita a av. Capitão Borges como uma avenida que pode cortar a cidade de leste a oeste. “Temos que expandir a cidade e a espinha dorsal de Sacramento é a avenida Capitão Borges, que dá acesso a todos os bairros de todos os lados”, justificou, reafirmando: “Quero cumprimentá-lo por esta lembrança e peço que os futuros prefeitos não se esqueçam disso, que não  deixem construir obras ali naquele trecho para ser usado para esse fim”, conclamou. 


“Uma cidade projetada para o futuro”

 

José Alberto chama a atenção ainda para o caos que, futuramente, vão representar os novos projetos imobiliários da cidade. “A Prefeitura deveria ter um Plano Diretor capaz de evitar através da fiscalização e aprovação ou não, de todos os loteamentos que estão sendo projetados e já postos a venda na cidade, inclusive os promovidos por ela própria, através de financiamentos do governo federal” alertou o ex-prefeito.

Para José Alberto, nossos prefeitos antigos tinham uma olhar para o futuro muito mais acurado do que os atuais administradores, ao projetarem ruas largas, avenidas e passeios largos. Hoje, infelizmente, o que assistimos é uma especulação imobiliária, no sentido de atender o maior número de pessoas, com os menores lotes possíveis', lamentou.

O ex-prefeito lembrou as quadras de 10 mil metros quadrados no centro da cidade, com lotes de no mínimo 12 x 30 m ou até 50 m de fundo; passeios de três metros de largura, demonstrando a visão de futuro que tinham nossos antigos administradores, prezando a qualidade de vida. E hoje, os lotes mal têm 10 x 20 m, com passeios cada vez mais estreitos.  Não vemos mais avenidas nos loteamentos. Sem contar a falta de respeito para com o nivelamento dos passeios que, por lei, deveriam obedecer ao nível do 'leito carroçável' da rua. Hoje, os passeios acompanham o nível de entrada das garagens das residências e não mais o nível da via pública. Deixaram de servir os pedestres e de respeitar os portadores de necessidades especiais, em detrimento dos veículos”, denunciou.

Mostrando alguns exemplos, José Alberto recomenda construir ruas mais largas pra fazer mão e contra-mão. “A avenidaAnibal Ferreira Cândido, que liga a rotatória da delegacia ao São Geraldo, a Abraão AbdãoAmui, que liga à rotatória do cemitério e outras. Criei inimizades por isso, mas tive coragem e não me cedi aos interesses particulares, valeu a pena”, revelou, recordando de um funcionário, que o ajudou muito nesse aspecto: o Juca Ferreira.

“- Ele trabalhava mesmo, cobrava, fazia acontecer. Isto tem que ser olhado com carinho, e de quatro em quatro ruas, é preciso ter uma avenida de mão e contra-mão. Uma cidade, um loteamento, um bairro têm que ser projetados para o futuro, com ruas largas, passeios e lotes com medidas adequadas”, recomendou.

Finalizando, disse o ex-prefeito que “o tamanho mínimo dos lotes deveria ser, por lei, de 12 x 30 m, do contrário vamos favelizar o entorno da cidade. Vejam os exemplos das quadras antigas idealizadas pelos nossos primeiros prefeitos, Cel. José Afonso, Dr. Juca, projetando todo o sistema de galerias da cidade”, recordou. 

Falando sobre outros empreendimentos imobiliários, José Alberto lembrou dois loteamentos. “Já próximo a nós, temos dois loteamentos bem planejados, que primam por esse respeito, o bairro Skaff, do saudoso Dr. Milton Skaff. Sem ser político, era um homem de visão, um cidadão consciente que construiu um belo bairro. Assim como o Jardim América, do saudoso Pedrinho Giani, no final da avenida Vigário Paixão. E depois, as pessoas têm o direito de ampliar sua casinha no futuro e aí não têm terreno. As autoridades responsáveis por esse setor têm que observar essas questões, porque se constrói um bairro para o futuro e as pessoas precisam ter dignidade. Os empresários do setor, igualmente, precisam ter essa consciência de cidadania. E a Prefeitura, coragem e fiscalização para exigir e não permitir”, finalizou.