Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Em convenção tumultuada, PT aprova coligação com PSD

Edição n° 1317 - 03 Julho 2012

O Partido dos Trabalhadores (PT) foi  o último partido da cidade a realizar convenção, no sábado, às 17h, na sede do partido, numa das mais tumultuadas convenções já realizadas na cidade, por dois entendimentos do § 1º do artigo  143 do estatuto do partido. “As convenções oficiais deverão, obrigatoriamente, homologar as decisões democraticamente adotadas nos encontros realizados nos termos deste Estatuto e nas demais resoluções da instância nacional do Partido”. 

Para o Prof. Carlos Alberto Cerchi, a convenção de sábado deveria homologar a decisão da pré-covenção, realizada no início de maio, quando foi derrotado pelo Prof. Geraldo, por 39 a 13, eleito candidato do partido, sem nenhuma coligação, nem com Baguá, nem com Bruno. Mas não foi isso o que prevaleceu.

O Prof. Geraldo, através de outra votação, conduzida pelo presidente do partido, Oscar Justino Alves, mais uma vez derrotou a velha guarda do PT, que chamou de retrógada, fazendo prevalecer o artigo 144 do mesmo estatuto: “As convenções oficiais deverão ser realizadas no período estabelecido pela legislação eleitoral em vigor, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral”.  

A convenção do dia 30 foi marcada por discussões,  polêmicas e muitos impasses. 

Além dos membros do diretório e filiados, presenças de Marcelino Marra Batista, presidente do PSD, do vereador José Américo de Oliveira (PP), Weber Lúcio de Melo (PTdoB), simpatizantes e apoiadores da candidatura de Bruno Cordeiro. 

As propostas foram votadas, através de voto secreto dos 15 membros do diretório: Oscar Justino Alves, Janete Santana, Carlos Alberto Cerchi, Álvaro Reis, Arnaldo Pereira de Freitas, Fátima Aparecida Pereira Cunha, Geraldo Magela  Carvalho, Ernani Ferreira de Paula, Anésio Batista, Luzia de Oliveira Santana, Maria Cerchi Crema, Mauricio Marques Scalon, Sony Lucy Cerchi, Luiz Antônio Batista e Luiz Augusto Jerônimo. O resultado final consagrou mais uma vez a vontade de Geraldo Magella que, desde quinta-feira, 28, havia costurado um acordo com Bruno, em troca de sua indicação como vice da chapa do PSD e mais quatro secretarias.  Nove membros votaram pela coligação com o PSD e seis a favor da candidatura própria, conforme estabelecido na pré-convenção. 

O diretório aprovou ainda os nomes de seis candidatos a vereador (ver lista dos candidatos).

 

Presidente Oscar lamenta coligação 

 

“Na minha avaliação, estava sacramentada a candidatura própria do Geraldo, sem nenhuma coligação, nem com um, nem com outro candidato. Tínhamos um parceiro, o PTC, que era nossa esperança de aliança, mas no decorrer  das negociações ficou só o presidente conosco, os outros membros não aceitaram.  A nossa situação realmente  era muito difícil, não tínhamos e não temos dinheiro  para a campanha e precisávamos resolver. Mas até aí tudo bem, só que a coisa complicou, aí fomos  para a votação e deu a coligação com o PSD”, disse. 

Oscar prosseguiu afirmando que acha difícil manter a unidade na adversidade. “Agora temos que  tentar reagrupar o PT e ver até onde é possível caminhar. Fizeram propostas de secretarias, mas isso não me interessa, não estou preocupado com isso, quero ver é transparência e respeito. Por outro lado,  penso que, dependendo do resultado dessa eleição, vai refletir muito na sucessão presidencial, porque tenho visto a movimentação da direita  para conquistar o maior espaço possível em Minas Gerais. Mas agora, o primeiro passo  que temos é sentar com o grupo e tentar nos reorganizarmos”, concluiu.