O vereador Marcelino Marra, PPS, presidente da comissão Agricultura e Meio Ambiente, esteve reunido com o deputado Estadual, Carlos Arantes, PSC, na última quinta-feira, 31, para tratarem da política do Queijo Minas Artesanal.
Segundo o vereador, o grande questionamento em pauta foi a lei nº 14.185, de 2002, que regulamenta a produção do queijo Minas Artesanal. O vereador explicou, segundo a lei, as novas possibilidades de comercialização do produto. “Para ser comercializado, o 'queijo não maturado' tem que estar sob refrigeração e dentro de embalagens plásticas apropriadas, vedadas a vácuo. Para o 'queijo maturado', ele pode ser comercializado em temperatura ambiente, sem embalagem, mas com a identificação do produtor em baixo relevo. Processo que poderá ser feito na forma, durante a fabricação, com a marcação do número do registro do produtor junto ao IMA”, explicou.
Pela lei, só é reconhecido como queijo Minas Artesanal, aquele que é produzido nas regiões caracterizadas como produtoras tradicionais. “O 'saber fazer' queijo nessas regiões é considerado um bem de raízes culturais. O objetivo, segundo artigo da lei, que regulamenta onde podem ser produzidos os queijos Minas Artesanal, é resgatar e proteger a cultura local”, disse o vereador.
O vereador citou também o nome do extensionista, Elmer, da Emater, lembrando que “a Lei, além de tirar o queijo da clandestinidade, protege as regiões tradicionalmente produtoras”. E ao consumidor, ele alerta que é preciso estar atento: "O queijo artesanal feito de leite cru deve ser consumido um pouco mais maturado, por ser mais seguro sanitariamente", afirma, destacando que, o queijo consumido dessa forma, “pode-se sentir realçado o verdadeiro sabor de onde ele é produzido”.
A segurança desse tipo de queijo pode ser atestada com a realização de estudos realizados pela Emater-MG e pela Epamig, além de várias pesquisas feitas pelas universidades e visitas de técnicos da Emater-MG à experimentos no exterior. Um convênio de Cooperação Técnica firmado entre a França e a Secretaria de Estado da Agricultura Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), há cerca de quatro anos, proporcionou também a assessoria de técnicos franceses que visitaram o Estado para troca de experiências sobre a organização e a agregação de valor à produção tradicional de queijo.
Finalizou o vereador, informando que, dos 30 mil produtores de Queijo de Minas Artesanal, apenas 172 são certificados. “A legislação mineira, durante os nove anos, demonstrou fracasso. Ela colocou na clandestinidade mais de 30 mil produtores. O governo precisa reconhecer o Queijo Minas Artesanal, como também incentivar os produtores para buscarem a certificação e não punir” defendeu o vereador Marcelino Marra. Fonte: Asscom/CMS e Emater-MG.